A eficiência técnica das usinas sucroenergéticas: determinantes e impactos para a economia brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Braga, Luiza Amara Maciel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10295
Resumo: Este estudo teve como objetivo mensurar e analisar o nível de eficiência técnica das usinas sucroenergéticas brasileiras e, a partir desta análise, buscou-se a delimitação dos fatores determinantes dessa eficiência, assim como das principais características das unidades benchmarks. Ao mesmo tempo, com o intuito de justificar a busca da máxima eficiência técnica pelas usinas, também foi feito o cálculo dos impactos gerados pela ineficiência técnica das usinas para o setor sucroenergético e para a economia brasileira. Para isso, utilizou-se a metodologia da Análise Envoltória de Dados (DEA), orientação produto, para realizar o cálculo e análise do nível de eficiência. Os resultados obtidos foram então refinados pelo modelo Tobit, visando a investigação dos determinantes, e também serviram como base para a construção de uma simulação de choques na matriz insumo-produto brasileira, afim de mensurar os efeitos da ineficiência. Foram utilizados os dados de 115 usinas durante a safra 2011/2012, disponíveis no Anuário da Cana 2012, produzido e comercializado pela ProCana. Os resultados encontrados mostram que sob a pressuposição de retornos variáveis à escala apenas 15,7% das usinas são eficientes, no entanto a média geral de eficiência ficou acima dos 90%, o que demonstra que as usinas estão próximas da máxima eficiência. A maior parte das usinas opera com retornos crescentes e por isso deveria expandir sua produção. Verificou-se que a localização das usinas, seu percentual de capacidade instalada utilizado e a idade varietal média da cana moída são determinantes da eficiência técnica. Em relação aos impactos das ineficiências das usinas, é possível afirmar que a correção destas geraria para o setor mais de 7 bilhões de reais, provenientes do aumento da produção de açúcar e álcool. Esse valor, ao serem incluídos na matriz insumo-produto brasileira, resultariam num aumento de 29,8 bilhões de reais em Valor Bruto da Produção, 574 mil empregos e 1,3 bilhões de reais em arrecadação de impostos, resultantes dos impactos diretos, indiretos e induzidos.