Frequência de queda e avaliação do uso de coletor na conservação pós-colheita de frutos de macaúba

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Franco, William Carlos Gonzaga
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/28823
Resumo: A macaúba é uma espécie pertencente à família das Arecaceae, nativa do cerrado brasileiro e com ampla distribuição geográfica. Sua principal característica é a multiplicidade dos seus produtos. A colheita se dá estritamente de forma extrativista e em apenas cinco meses do ano, o que torna necessários estudos de técnicas de colheita e pós-colheita que aumentem a viabilidade dos frutos pelo maior tempo possível. O contato dos frutos com o solo favorece o aumento da umidade nos frutos e a contaminação por microrganismos. Diante disso, os objetivos do estudo foram avaliar o padrão de queda dos frutos de macaúba (experimento 1) e o uso de coletor na colheita dos frutos que impossibilitem o contato do fruto com o solo (experimento 2). Os experimentos foram conduzidos na UEPE- Horta Velha, campus da Universidade Federal de Viçosa. No primeiro experimento foi monitorado o padrão de queda dos frutos de dez plantas de macaúba. Três vezes por semana os frutos foram coletados, contabilizados e pesados. No segundo experimento foram instalados coletores individuais, a 1 metro de altura do solo em seis plantas, submetidas aos seguintes tratamentos: 1) frutos mantidos no coletor e no solo entre 0 e 7 após a queda natural da planta (DAQ); 2) frutos mantidos no coletor e no solo entre 7 e 14 DAQ; 3) frutos mantidos no coletor e no solo entre 14 e 21 DAQ e; 4) frutos mantidos no coletor e no solo entre 21 e 28 dias DAQ. Para cada tratamento foram considerados 40 frutos: 20 frutos foram mantidos no coletor e 20 frutos foram colocados em contato com o solo. Foram determinadas as seguintes características; peso fresco do fruto, número de frutos com contaminação aparente por microrganismos, massa de polpa fresca, teor de óleo, teor de umidade da polpa, índice de acidez do óleo da polpa (IA), estabilidade oxidativa do óleo da polpa e teor de umidade no óleo da polpa. Realizou-se a analise de variância e quando necessário o teste de Tukey. A maior concentração da queda dos frutos ocorreu nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro. Os frutos apresentaram perda de peso de 23,74%. Frutos com menor tempo de permanência no campo apresentaram menor contaminação por microrganismos e maiores massas de polpa (299,46g). Houve interação significativa entre o tempo de permanência e o sistema de colheita. Maior tempo de permanência no coletor apresentou menor teor de umidade médio (36,81%). O índice de acidez apresentou tendência crescente tanto no solo quanto no coletor de acordo com o tempo de permanência, o maior IA foi observado nos frutos que permaneceram entre 21 a 28 dias no campo (10,44%) e o menor nos frutos que permaneceram entre 0 a 7 dias no campo (0,53%). Concluiu-se que a queda dos frutos concentra-se nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, e que as plantas apresentam distribuições de quedas particulares. O coletor apresenta uso potencial em função da diminuição do teor de água na polpa dos frutos, sendo essa uma característica de suma importância na conservação pós-colheita.