Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2001 |
Autor(a) principal: |
Cardoso, Luciana Machado Fiel |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10951
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Resumo: |
Baseado nos estudos de Wong e em um referencial sociointeracionista-construtivista, oriundos das idéias de Wallon, Winnicott, Vygostki e Piaget, desenvolveu-se uma metodologia de estudo para investigar a relação da criança com as atividades lúdicas desenvolvidas em ambiente hospitalar. A permanência da criança em um ambiente desconhecido, a doença física e a dor fazem parte da rotina da criança hospitalizada, gerando uma situação estressante. As crianças durante os primeiros anos de vida possuem um número limitado de mecanismos de comportamento para resolver os eventos que lhes causam estresse. Em certos casos, há, inclusive, o risco de ocorrer sério comprometimento do seu desenvolvimento integral, com o desencadeamento de problemas emocionais, que se manifestam por meio de comportamentos como: rejeição aos remédios e ao tratamento, regressão emocional, problemas alimentares, distúrbios de sono, regressão esfincteriana, estados depressivos ou até mesmo distúrbios de conduta, que podem perdurar por muitos anos. Atualmente, uma das formas mais valorizadas para amenizar esses problemas é a realização de programas de familiarização de hospitais, por meio de atividades lúdicas, que partem do reconhecimento da criança hospitalizada como uma pessoa integral, inserida num contexto familiar, social e cultural e que, por isso, deve ser atendida também do ponto de vista afetivo/emocional, o que estimulará a continuidade de seu desenvolvimento. Através de brincadeiras, brinquedos e jogos, as potencialidades e a afetividade das crianças se harmonizam. A amostra desta pesquisa foi constituída de 20 crianças hospitalizadas, na faixa etária de 2 anos e 6 meses a 6 anos, cujas causas da internação lhes permitiram participar do programa de atividades lúdicas do hospital. Foram elaborados questionários, roteiros de entrevistas e fichas de observações para cada objetivo específico. O comportamento da criança na rotina hospitalar, bem como durante as atividades lúdicas, foi registrado minuciosamente por pesquisadores treinados. Para isso, foram analisados os prontuários médicos, juntamente com as fichas de identificação das crianças; observados os comportamentos das crianças na rotina diária; registradas as atividades na área de brinquedo dramático e a aplicação de uma atividade sobre a autopercepção das crianças antes e depois das atividades lúdicas; além de visitas domiciliares após a hospitalização. Os resultados indicam que a metodologia de coleta de dados escolhida para analisar o comportamento das crianças hospitalizadas foi adequada, uma vez que os dados obtidos por meio das planilhas referentes ao comportamento delas nos eventos foram consistentes, ou seja: evidenciaram que as atividades lúdicas no hospital auxiliam na recuperação da criança doente, permitindo a interiorização e a expressão da vivência dessa criança por meio do jogo, o que lhe dá condições para elaborar a sua vivência e enfrentar, sem estresse e traumas, a realidade da hospitalização; reduziram o tempo de internação hospitalar; e aumentaram, conseqüentemente, a rotatividade dos leitos. |