Desigualdade de gênero e alocação intradomiciliar de nutrientes na adolescência
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/28808 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2021.204 |
Resumo: | Diante do elevado percentual de inadequação no consumo de nutrientes entre os brasileiros, especialmente na adolescência, e considerando que a iniquidade na alocação dos recursos dentro do domicílio pode gerar uma redução de bem-estar de determinados membros em detrimento de outros do mesmo domicílio, torna-se necessário investigar a existência de desigualdade na alocação intradomiciliar de nutrientes no Brasil. Além disso, quando há desigualdade no consumo alimentar entre os membros de um domicílio, existe a possibilidade desse não estar seguro no aspecto alimentar. Assim, o presente trabalho buscou responder aos seguintes questionamentos: Existe desigualdade de gênero na alocação intradomiciliar de nutrientes entre os indivíduos de 10 a 18 anos no Brasil? Quais os fatores a influenciam? Deste modo o objetivo do trabalho é mensurar a desigualdade na alocação de calorias, carboidratos, gorduras, proteínas, ferro, vitamina C e vitamina D dentro dos domicílios entre meninos e meninas com idade entre 10 a 18 anos, para verificar se existe desigualdade em direção as meninas, grupo que geralmente se encontra em posição de desvantagem de acordo com a literatura. Foi dado como hipótese a existência de desigualdade prejudicial às meninas para todos os nutrientes, exceto calorias e carboidratos. Foram utilizados os microdados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF-IBGE) de 2017/2018. A desigualdade foi mensurada através de um índice contínuo de adequação relativo para os nutrientes selecionados. Para tanto, utilizou-se duas análises, uma na forma contínua, por meio da regressão linear, e uma na forma binária, utilizando a regressão logística, para conhecer os fatores associados ao fenômeno. Não foram encontradas evidências de desigualdade prejudicial às meninas em comparação com os meninos, para a maioria dos nutrientes selecionados. Apenas no caso do ferro, foram encontrados indícios de desigualdade alocativa. Assim, neste estudo não foram encontradas evidências de forte desigualdade prejudicial ao grupo de interesse. Os resultados suportaram a hipótese de equidade alocativa em relação aos carboidratos. Quanto a vitamina C e D, a desigualdade se mostrou prejudicial aos meninos. Ao analisar os fatores preditores da desigualdade intradomiciliar na alocação de nutrientes os resultados foram diversos. Cabe destacar ao considerar a ingestão de calorias, a segurança alimentar foi um fator que contribuiu para diminuir a desigualdade alocativa. A chefia feminina contribuiu para aumentar as chances das meninas passarem por desigualdade prejudicial. A escolaridade do chefe de família se mostrou um fator desfavorável a desigualdade para os micronutrientes: ferro, vitamina C e vitamina D. O tamanho da família, a faixa etária que o adolescente pertence, o fato do adolescente ter trabalhado, as variáveis de classes de rendimentos e de localização trouxeram resultados diversos em todas as análises feitas. Palavras-chave: Desigualdade. Alocação intradomiciliar de nutrientes. Gênero. Adolescência. |