Seleção de pessegueiro com base na necessidade de frio da semente e qualidade do fruto
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Genética animal; Genética molecular e de microrganismos; Genética quantitativa; Genética vegetal; Me Mestrado em Genética e Melhoramento UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/4720 |
Resumo: | O pessegueiro [Prunus persica (L.) Batsch] é uma espécie de clima temperado que pode ser cultivada em áreas com climas apresentando inverno ameno através da utilização de genótipos adaptados. Esta espécie apresenta dormência em gemas e sementes, sendo que a exposição a um período sob baixas temperaturas é a principal forma para a superação da dormência nesses dois órgãos. Geralmente, plantas que apresentam baixa necessidade de frio para a superação da dormência de gemas produzem sementes com mesmo comportamento relacionado à necessidade de frio para germinarem. Por meio de provável ligação existente entre ambas, têm sido realizadas tentativas de praticar a seleção de indivíduos com baixa necessidade de frio para gemas baseados nos requerimentos da semente. No entanto, é necessário melhor entendimento do controle do processo de dormência da semente para que essa seleção seja possível com confiabilidade. Este trabalho constituiu-se de dois estudos: i) a necessidade de frio para germinação de sementes de pessegueiro foi estudada. As sementes foram estratificadas sob baixa temperatura e comparou-se o tempo gasto por cada família para atingir 50% das sementes germinadas; e ii) avaliou-se a qualidade de fruto de famílias selecionadas anteriormente para capacidade de brotação. Os experimentos foram realizados no Departamento de Fitotecnia, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), no período de novembro de 2008 a março de 2009. Para avaliação da germinação, os frutos foram despolpados e as sementes extraídas do endocarpo, desinfestadas com solução fungicida, colocadas em sacos plásticos contendo papel Germitest umedecido com água destilada e levados à câmara fria para estratificação a 5ºC e 10ºC, alternando a temperatura a cada 2 dias, quando as sementes foram observadas com a finalidade de verificar o início da emissão da radícula. Foi computado o tempo (dias) necessário para as famílias atingirem 50% de germinação. Foi utilizado o delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro repetições, sendo cada unidade experimental composta por 10 sementes. Para a análise de frutos foram separadas amostras de 10 frutos, sendo posteriormente, avaliadas as características coloração da epiderme (% de vermelho da casca); textura (fundente e não-fundente); firmeza de polpa (libras, ponteira de 8 mm); diâmetros sutural, equatorial e polar (mm); massas do fruto, do caroço e da polpa; teor de sólidos solúveis totais dos frutos (°Brix); acidez total titulável (expressa em equivalente grama de ácido málico por 100 mL de suco) e relação teor de sólidos solúveis totais/acidez total titulável (SST/ATT). Os dados foram submetidos à análise de variância, utilizando-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, sendo cada planta considerada como uma repetição e cada família como um tratamento. As médias foram comparadas pelo teste de Duncan (p<0,05). As famílias superiores selecionadas quanto ao menor tempo para germinação de 50% das sementes foram a 2303, 4203, 4503 e 5303, considerando a seleção entre. A seleção dentro de família indicou dois indivíduos dentro das famílias 2303, 4203 e 5303 e um dentro da 4503 como promissoras para utilização em programas de melhoramento para baixa necessidade de frio. Considerando a seleção combinada, foram selecionados dois indivíduos dentro das famílias 2303, 4203 e 5303 e um dentro das famílias 3503 e 4503, indicando adaptação às condições ambientais do local de cultivo, principalmente em relação ao clima que é mais determinante para o sucesso da cultura. Quanto à qualidade de fruto, analisando todas as características em conjunto, a família que apresentou frutos mais atrativos para o consumo "in natura" foi a 1303. A família 4503, que apresentou os melhores valores para as características de fruto estudadas, exceto para coloração da epiderme, foi selecionada quanto ao tempo de estratificação necessário para superar a dormência das sementes. Consequentemente, esta família poderia ser utilizada em hibridações para melhorar a coloração dos frutos, se tornando uma boa opção para a região Sudeste do Brasil. |