Origem da própolis verde e preta produzidas no Estado de Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Freire, Ulysses Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9729
Resumo: O presente trabalho procurou avaliar a origem da diferença da cor e outras características organolépticas (maleabilidade e aroma), de dois tipos de própolis (verde e preta), produzidas por abelhas Apis mellifera L., africanizadas, em duas diferentes localidades, Itapecerica e Virginópolis, no Estado de Minas Gerais. Para isso, foram avaliadas a influência do efeito de local e a possibilidade da interferência da abelha nas características organolépticas da própolis. A estratégia adotada foi a introdução de colônias originárias de uma região, com produção de um tipo característico de própolis, em outra região, com produção de outro tipo característico de própolis, ao mesmo tempo em que, colônias-irmãs correspondentes àquelas permaneceram na sua própria região de origem. Esta permuta foi feita, simultaneamente, para os dois locais e para as duas origens geográficas das abelhas utilizadas no experimento. Foram avaliados a cor, o aroma e o aspecto da própolis, produzida por cada uma das colônias, na sua região de origem e na região na qual foi introduzida. Numa outra fase do trabalho, avaliou-se a origem botânica da própolis, pela identificação das espécies vegetais presentes nas amostras, por meio do estudo morfo-anatômico de suas estruturas secretoras de resinas. Os resultados obtidos neste trabalho permitiram concluir que: a cor e as características organolépticas da própolis dependem da espécie vegetal que se constitui em sua origem botânica. A presença de Baccharis dracunculifolia L. no sedimento sólido, obtido das amostras de própolis, está fortemente relacionada com a cor verde na própolis. Existe relação entre a própolis de cor preta e a presença de Vernonia rubriramea no sedimento da amostra. Existem linhagens de abelhas que poderiam interferir na cor da própolis produzida, por apresentarem preferência por uma determinada espécie vegetal no forrageamento, em detrimento de outra espécie, mesmo que esta segunda ocorra em maior abundância. No experimento, uma linhagem de abelhas apresentou preferência por B. dracunculifolia, o que sugere que haja possibilidade de se realizar melhoramento genético nas abelhas, para se obter produção de tipos diferentes de própolis em uma mesma região.