Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Weliton |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/17105
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Resumo: |
Este trabalho buscou discutir o tema do desenvolvimento brasileiro retomando e atualizando as contribuições do pensamento desenvolvimentista dos anos 50 e 60, onde as vias principais se fundamentavam na transição produtiva industrializadora e tecnológica do país. Existe um contínuo e reincidente debate deste tema, principalmente envolvendo a participação do Estado, destacando para além daquele moderador das relações, mas assumindo participação ativa no processo de crescimento econômico e de desenvolvimento. Neste contexto se insere a inovação que tem impactos diretos no processo de industrialização ao efetivar a aplicação prática das invenções, o que por sua vez, determina a fronteira entre as nações avançadas e atrasadas industrial e economicamente. Desta forma, considerando as expectativas em termos do desenvolvimento futuro do Brasil, pelas suas ações de promoção da inovação após a lei de propriedade industrial (1996), objetivou-se extrair as possíveis percepções desses esforços em inovação para inserir futuramente o país na dinâmica tecnológica mundial. Para isto, o trabalho pretendeu descrever e analisar a estruturação do sistema nacional ciência, tecnologia e inovação; analisar as formas de interação e transferências tecnológicas para criação de um arcabouço inovativo em nível nacional e também analisar a capacidade tecnológica brasileira, de onde se pode extrair a evolução dos indicadores de ciência, tecnologia e esforços inovadores do país ao longo dos anos. O referencial teórico expôs os principais conceitos relacionados ao Sistema Nacional de Inovação, os modelos de interação dos agentes de inovação levando-se em conta os aspectos basais em torno do processo de transferência de tecnologia, bem como uma abordagem conceitual das bases em torno do Desenvolvimento como expectativa, da Inovação e Industrialização como possíveis rotas propiciadoras dessa inserção nacional no contexto inovativo mundial. A forma de abordagem utilizada nesta pesquisa foi preponderantemente qualitativa com análise descritiva e exploratória. Os resultados alcançados mostram que muitos passos foram dados na direção em busca de desenvolver e fomentar a inovação nacional, porém vimos a realidade do baixo número dos ̳resultados‘ da inovação que se refletem nas empresas e consequentemente na economia brasileira. O Brasil ainda não possui suficiência na articulação dos recursos para estruturação de um ambiente propício à inovação num contexto amplo e diversificado nacionalmente. O país não se emancipou da dependência dos países hegemônicos, mantém ainda sua marca de país exportador de commodities, vulnerável às crises econômicas vinculadas às safras de produtos agrícolas e de extração mineral. Mesmo possuindo arcabouço estrutural que defina a inovação dentro de um sistema, o Brasil não é efetivo ao se verificar numa consolidação integrativa, as interações ainda são inconsistentes e não têm uma definição clara dos papéis de cada agente. Para gerar uma equação de desenvolvimento, o Estado precisa assumir a coordenação e intervir por um projeto nacional de inovação e maturidade tecnológica no futuro, o que pode mudar a situação das contas deficitárias nacionais com o exterior.O Brasil precisa dedicar atenção a uma inovação com foco no futuro do país. Isto inclui incentivar os agentes do sistema que geram conhecimento (ICTs) a cada vez mais gerarem inovações. Por fim, a retórica amplamente disseminada de investimentos em inovação e propriedade intelectual evidencia nossa dependência, ao invés de nos gerar capacidade de reversão do atual quadro de atraso. |