Composição dos cigarros de tabaco e de Cannabis e suas possíveis ações na gênese do câncer de pâncreas
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Biologia Celular e Estrutural |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/29428 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.355 |
Resumo: | O câncer de pâncreas tem alto nível de mortalidade, sendo a sétima causa de morte por câncer em todo o mundo. Esta doença possui péssimo prognóstico, com sobrevida em cinco anos próxima de 9%, devido aos sintomas se manifestarem frequentemente em estágios avançados quando não há chances de cura. Os principais fatores de riscos são a idade avançada, tabagismo, histórico familiar ou predisposição hereditária, obesidade, fatores dietéticos, diabetes mellitus tipo 2 de longa data e condições inflamatórias do pâncreas, como pancreatite crônica. O tabagismo é, provavelmente, o principal fator de risco ambiental para a gênese do câncer de pâncreas. Outra droga psicoativa com processo de uso semelhante ao tabaco convencional é a Cannabis, mais conhecida no Brasil como maconha. Tendo em vista, que a composição do cigarro convencional é semelhante à do cigarro de Cannabis, pode-se supor que a presença de inúmeros componentes comuns entre esses cigarros poderia acarretar problemas de saúde similares. Por isso, o objetivo dessa revisão comparar os dados presentes na literatura quanto aos componentes do cigarro de tabaco e de Cannabis e suas possíveis ações no desenvolvimento do câncer de pâncreas. Dentre as substâncias presentes na fumaça do cigarro de tabaco com potencial cancerígeno comprovado para humanos destacam-se os derivados da nicotina, principalmente o NNK (Nitrosamina Cetônica derivada da Nicotina), os PAHs (Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos), o cloreto de vinil, além de metais tóxicos. Pode-se, ainda, inferir que a ausência dos derivados da nicotina nos cigarros de Cannabis levariam a um risco diminuído para o câncer de pâncreas. Entretanto, a presença de outros componentes e a maior retenção de partículas tóxicas pelo sistema respiratório de seus usuários e a falta de controle na produção da Cannabis podem diminuir essa vantagem. Podemos concluir que o tabagismo é o principal fator evitável de risco para a gênese do câncer de pâncreas e a possível causa do aumento do câncer de pâncreas verificado nos últimos 30 anos. A descoberta dos mecanismos de ação, no nível celular, de componentes específicos de ambas as drogas será crucial para que se possa garantir qual delas seria mais efetiva na indução destapatologia. Enquanto isto, os efeitos deletérios do ponto de vista social nos locais onde se optou pela liberação do uso recreativo da Cannabis, devem ser levados em consideração para o desenvolvimento de estratégias mais seguras para as decisões da sociedade em relação ao tema. |