Regulação da adipogênese e da secreção de quemerina por ácidos graxos de cadeia média e pelo ácido graxo eicosapentaenóico em células 3T3-L1
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Ciência de Alimentos; Tecnologia de Alimentos; Engenharia de Alimentos Doutorado em Ciência e Tecnologia de Alimentos UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/447 |
Resumo: | A incidência da obesidade vem aumentando drasticamente atingindo proporções epidêmicas no mundo, principalmente nos países ocidentais e industrializados. Evidências científicas relacionam a obesidade a um processo inflamatório crônico de baixa intensidade, devido ao aumento de citocinas proinflamatórias, como a produção anormal de fator de necrose tumoral alfa (TNFα). A hipertrofia e a hiperplasia do adipócito têm sido associadas às doenças relacionadas à síndrome metabólica, na qual a obesidade parece ser o pivô. Assim, o estudo da adipogênese é fundamental para o entendimento da obesidade, bem como para seu tratamento. Estudos sugerem que o ácido eicosapentaenóico (EPA), bem como os ácidos graxos de cadeia média (AGCM) são capazes de modular a incorporação de lipídios durante a adipogênese e de regular a expressão de fatores transcricionais chave da diferenciação celular. Este estudo objetivou avaliar o efeito do EPA e de AGCM (C8:0 e C12:0) sobre a adipogênese em células 3T3-L1. Além disso, avaliou-se o efeito desses ácidos graxos sobre a expressão de mRNA e secreção de quemerina, uma nova adipocina envolvida na adipogênese. Para isso, preadipócitos foram cultivados em presença (adipogênese induzida) ou ausência (adipogênese espontânea) de coquetel de hormônios. Durante o processo de diferenciação, as células foram tratadas com C8:0 (250 μM), C12:0 (250 μM) e EPA (100 ou 200 μM), acrescidos ou não de TNFα. Durante o período experimental foram coletadas amostras para avaliar a expressão gênica de: fator preadipogênico (DLK1); Wingless related MMTV integration site 10b (WNT10b); proteínas ligantes ao amplificador CCAAT (C/EBP) β, δ e α; PPARγ e quemerina. A incorporação de lipídios foi avaliada por Oil Red-O. Ainda, para o estudo sobre quemerina, adipócitos maduros foram incubados por 24 horas com os ácidos graxos descritos anteriormente, bem como com TNFα e insulina, em presença ou ausência de inibidores de proteínas quinase. Ao final desse período efetuou-se a análise de expressão de mRNA e da secreção de quemerina. Os resultados mostraram que durante a adipogênese induzida os ácidos graxos não alteraram significativamente a incorporação de lipídios. Por outro lado, o EPA (200 μM), durante a adipogênese espontânea, promoveu maior incorporação de lipídios (p<0,05), ao passo que os AGCM testados não apresentaram esse efeito. O C8:0 diminuiu a incorporação de lipídios durante a adipogênese induzida, quando acrescido de TNFα, ampliando o efeito inibitório dessa citocina. O EPA, acrescido de TNFα, estimulou a expressão de mRNA de DLK1, de WNT10b e de C/EBPβ, porém inibiram a expressão de C/EBPα e PPARγ. O EPA não apresentou efeitos significativos sobre C/EBPδ. Os AGCM foram capazes de regular a expressão de fatores adipogênicos transcricionais clássicos (C/EPBβ, δ e α e PPARγ), com destaque especial aos efeitos desempenhados pelo C8:0. Em relação à expressão de quemerina, observou-se que os ácidos graxos testados aparentemente não participam da secreção e expressão dessa adipocina. Entretanto, no estudo de 24 horas de incubação, o TNFα estimulou a expressão de mRNA de quemerina, bem como sua secreção, possivelmente via fosfatidil inositol 3 quinase (PI3K). Em conjunto, os resultados mostraram que os ácidos graxos testados são capazes de modular a incorporação de lipídios, bem como a expressão de fatores transcricionais chave da diferenciação, potencializando o efeito do TNFα. |