Renovação de pastagem degradada com introdução de gramíneas, leguminosa e adubação nitrogenada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Vitor, Cláudio Manoel Teixeira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11069
Resumo: O experimento foi realizado em área do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa, no período de março de 2000 a maio de 2001, em continuidade ao trabalho de MOREIRA (2000), objetivando avaliar a renovação de uma pastagem degradada de capim-gordura (Melinis minutiflora Pal. de Beauv.). Foi utilizado um fatorial (2 x 4) + 2, em blocos ao acaso completos, com três repetições, correspondendo, respectivamente, a duas gramíneas (Brachiaria decumbens Stapf. e Hyparrhenia rufa (Ness) Stapf), quatro doses de N (0, 50, 100 e 150 kg/ha) e dois consórcios, B. decumbens + S. guianensis cv. Mineirão e H. rufa + S. guianensis cv. Mineirão. Em agosto de 2000, foi realizada a primeira amostragem do material correspondente ao período seco. No período chuvoso, foram realizadas três amostragens de material: dezembro de 2000, março de 2001 e maio de 2001. A adubação nitrogenada promoveu incremento na produção de MS do capim-braquiária, nos períodos seco e chuvoso, porém em nenhum dos períodos houve resposta do capim-jaraguá. Em geral, os teores de proteína bruta (PB) aumentaram com as doses de N, tanto no período seco como no chuvoso, nas duas espécies introduzidas, com maiores valores para o capim-braquiária. Os teores de fibra em detergente neutro (FDN) e fibra em detergente ácido (FDA) do capim- braquiária foram menores que os do capim-jaraguá, em ambos os períodos. Os teores de P foram pouco influenciados pelas dos es de N, em ambas as espécies introduzidas. Quando se elevaram as doses de N, houve diminuição do teor de K para o capim-braquiária nos dois períodos. Quanto ao capim-jaraguá, não houve variação no teor de K, com as doses de N, em nenhum dos dois períodos. Não houve diferença nos teores de Ca, entre o capim-braquiária e o capim-jaraguá, em nenhum dos períodos. No período seco, os teores de Mg do capim- braquiária foram maiores que os do capim-jaraguá. Entretanto, no período chuvoso, não houve diferença nos teores de Mg entre as duas gramíneas. O consórcio capim-braquiária e estilosantes apresentou baixa produção de MS no período seco, igualando-se ao capim- braquiária sem adubação nitrogenada. No período chuvoso, não houve diferença estatística entre o consórcio e os tratamentos com adubação nitrogenada. A produção do consórcio capim-jaraguá e estilosantes no período seco foi similar à média de produção do capim-jaraguá adubado. No período chuvoso, não houve diferença entre o consórcio e o capim-jaraguá adubado com N. Os consórcios, em geral, apresentaram maiores teores de PB em comparação às gramíneas puras adubadas com N. Não houve diferença entre os teores de FDN do consórcio capim- braquiária e estilosantes e do capim-braquiária com doses de N, em nenhuma das amostragens. Os teores de FDN do consórcio capim- jaraguá e estilosantes, em geral, foram inferiores aos dos tratamentos capim-jaraguá com N. Quanto aos teores de FDA, não houve diferença entre os consórcios e as gramíneas adubadas, em nenhum dos cortes. Os resultados mostraram que o capim-braquiária constitui uma alternativa viável para renovação de pastagens na Zona da Mata de Minas Gerais, ao contrário do capim-jaraguá. O estilosantes também apresentou-se adaptado às condições da região, porém reduziu a densidade de plantas na área e na composição de forragem produzida ao longo das avaliações.