Risco de dispersão de Anastrepha grandis (Macquart) (Diptera: Tephritidae), com ênfase na área livre da praga

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Fernandes, Carlos Diógenes Lucena
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Defesa Sanitária Vegetal
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/31992
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.746
Resumo: Anastrepha grandis (Diptera: Tephritidae) é uma mosca-das-frutas que causa danos econômicos em cucurbitáceas, como melão e abóbora. A praga possui status de quarentenária em vários países, pois está restrita à América do Sul e é o principal fator limitante à exportação de cucurbitáceas brasileiras. Na região do Jaguaribe-Apodi e no seu entorno (Ceará e Rio Grande do Norte), há uma área livre de A. grandis, reconhecida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Tal condição tem sido mantida devido a uma política de vigilância preconizada pelo Mapa e realizada pelas agências de defesa de ambos os estados. Os frutos de cucurbitáceas brasileiras só podem ser exportados para países que impõem restrições a essa praga se oriundos de áreas livres da praga ou produzidos sob sistema de mitigação de risco. Anastrepha grandis é nativa do Brasil, porém não é encontrada no bioma Caatinga, onde está a grande maioria da área livre da praga. Então, que fatores realmente são limitantes para o estabelecimento da praga em um bioma exótico a ela? Para dar subsídios às medidas de manutenção de áreas livres da praga, esse trabalho apresenta a distribuição geográfica potencial de A. grandis no mundo, com ênfase na área livre nos estados do Ceará e Rio Grande do Norte. A estimativa de potencial distribuição foi feita com a modelagem CLIMEX. Dados de ocorrência e de biologia da espécie foram obtidos da literatura e banco de dados, para definição dos parâmetros e validação do modelo. Mapas indicando as regiões com adequabilidade climática para A. grandis foram gerados com e sem irrigação. O modelo indica que regiões de clima tropical e temperado em todo o globo possuem adequação à praga, sendo que ao se adicionar a irrigação, a adequabilidade aumenta. A maior parte da área livre não é adequada a A. grandis, mesmo sob irrigação, exceto na parte leste, na região de transição entre Caatinga e Mata Atlântica. Assim a adoção de medidas de prevenção de entrada de A. grandis nessas áreas devem ser intensificadas. Palavras-chave: Área Livre de Pragas. Moscas-das-frutas. Cucurbitáceas.