Nitrificação heterotrófica e desnitrificação aeróbica para remoção de nitrogênio amoniacal em condições de alta salinidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Rocha, João Victor Soares Barcelos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Microbiologia Agrícola
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/30163
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2021.138
Resumo: A água de produção proveniente do processo de extração de petróleo contém além de outros poluentes, elevadas concentrações de nitrogênio amoniacal. O descarte inadequado desse efluente pode desencadear sérios danos ambientais incluindo a eutrofização em ambientes aquáticos, assim o tratamento biológico tem sido uma das melhores alternativas para remoção biológica de nitrogênio amoniacal (NH4 + ) de efluentes. A remoção de NH4 + pode ocorrer por diferentes vias e uma delas é a nitrificação heterotrófica/desnitrificação aeróbia (NH/DA), onde um único microrganismo heterotrófico é capaz de realizar, em aerobiose, a remoção de amônia, o que representa vantagens operacionais na área de tratamento de efluentes. Entretanto, pouco se sabe sobre esse processo e os microrganismos que o realizam, mas por serem heterotróficos, acreditamos que sejam mais tolerantes à altas salinidades que os nitrificantes autotróficos. Desta forma o presente trabalho teve como objetivo favorecer a ocorrência do processo de NH/DA para remoção de amônia em altas salinidades pela inoculação de lodo biológico em meio de enriquecimento para NH/DA (meio HNM) e em efluente hipersalino (meio EF). Para isso, o lodo biológico foi adaptado ao NaCl e neste período a microbiota e a taxa de remoção de amônia foram monitoradas e quantificadas. A microbiota levou 46 dias para se adaptar a 240 g. L -1 de NaCl com 97% de eficiência de remoção NH4 + , no meio HNM, enquanto no meio EF, levou 117 dias para se adaptar à 230 g. L -1 de NaCl, com 60% de remoção de nitrogênio amoniacal. Nas análises moleculares, como a citometria de fluxo, observou-se uma grande instabilidade na contagem total de células. Nos resultados oriundos do sequenciamento do 16S rRNA, percebeu-se uma diminuição da diversidade de espécies provocada pelo aumento da salinidade, mas os gêneros bacterianos descritos como capazes de realizarem o processo de NH/DA estavam presentes em elevadas salinidades. Palavras-chave: Genes RNAr 16S. Gene amoA. PCR digital. Citometria de fluxo