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Dinâmica da matéria orgânica de solos em processo de reabilitação após mineração de bauxita

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Demolinari, Michelle de Sales Moreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Fertilidade do solo e nutrição de plantas; Gênese, Morfologia e Classificação, Mineralogia, Química,
Doutorado em Solos e Nutrição de Plantas
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/1646
Resumo: A atividade de mineração gera grandes impactos ao meio ambiente, principalmente aos organismos e processos do solo. O principal componente associado a esses impactos se deve a remoção da camada superficial do solo e armazenamento desta camada por um longo período antes da reabilitação. Desta forma, estudos que incluam indicadores que dependem da atividade biológica, tais como velocidade de decomposição de serapilheira, atividade microbiana e compartimentos mais lábeis da MOS, são indispensáveis visto que podem responder mais rápido ao uso e manejo do solo. O objetivo deste estudo foi avaliar as alterações de componentes bioquímicos da matéria orgânica do solo, causadas pelo processo de mineração, ao longo do tempo de reabilitação. Esse estudo foi realizado no município de Itamarati de Minas MG em áreas em processo de reabilitação com pastagem e arbóreas nativas por diferentes períodos pósmineração de bauxita (0, 1, 3, 5 e 12 anos) e para efeito de comparação foram escolhidas áreas pareadas não-mineradas referencias do uso antes da mineração. As parcelas foram marcadas no campo com quatro repetições por tempo e vegetação totalizando 80 parcelas, e o solo coletado na camada de 0-10 e 10-20 cm. Foram analisados, florística; matéria seca de raízes, pastagem e serapilheira; polifenóis e polissacarídeos do solo, raízes, pastagem e serapilheira; carbono orgânico total (COT); nitrogênio total (NT); carbono e nitrogênio lábil (C e N-lábil); índice de manejo de carbono (IMC); carbono da biomassa microbiana (CBMS); evolução C-CO2; quociente metabólico (qCO2) e quociente microbiano (qMIC). O levantamento florístico das áreas de mata em reabilitação (MR) e mata nativa não minerada (MN) indicaram um total de 57 espécies sendo 14 da família Fabaceae. A quantidade de raízes nos sistemas em processo de reabilitação foi menor do que em áreas não-mineradas. Igualmente observado para produção de serapilheira onde a MR foi menor que MN mas, não havendo diferenças em sites sob pastagem. Os teores de polifenóis na PR apresentaram menores valores quando comparados à área não-minerada (PP) até o terceiro ano do processo de reabilitação se igualando no quinto ano. Já na serapilheira, das áreas de mata, nos primeiros anos não foi observada diferença entre a MR e MN, sendo que aos 12 anos do processo de reabilitação a MR apresentou valores mais elevados se comparados à MN, causado pela morte de árvores pioneiras na MR e incremento de material mais recalcitrante. Houve queda acentuada nos estoques de COT na PR e MR nos primeiros anos do processo de reabilitação, com recuperação observada à partir dos 5 anos nas áreas de pasto e aos 12 anos nas áreas de mata, em relação à vegetação referência. Os estoques de NT na PR se igualou aos estoques da PP aos 12 anos na camada superficial e aos 3 anos na camada subjacente. Nas áreas de MR não houve recuperação dos estoques de NT, na camada superficial do solo, em relação à mata nativa. O C-lábil se mostrou indicador mais sensível às mudanças de manejo do solo do que o Nlábil, recuperando seus estoques a partir do quinto ano nas áreas de PR e MR. Houve aumento no IMC do solo a partir do quinto ano do processo de reabilitação na PR e MR, caindo aos 12 anos na PR devido ao manejo inadequado da pastagem. A recuperação dos estoques de CBMS ocorreu aos três anos do processo de reabilitação. Contudo houve queda nos estoques de CBMS na mata nativa aos 12 anos do processo de reabilitação. Houve grande variação na taxa de liberação de C_CO2, nas áreas de pastagem e menores taxas nas áreas reabilitadas com arbóreas nativas. Os valores de quociente metabólico e quociente microbiano evidenciaram a condição de estresse da comunidade microbiana em áreas em processo de reabilitação. Principalmente nas áreas em processo de reabilitação com arbóreas nativas comparativamente á mata nativa de áreas não-mineradas.