Utilização do farelo de trigo em substituição ao fubá de milho na dieta de vacas em lactação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Soares, Carla Aparecida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11068
Resumo: O experimento foi conduzido na Unidade de Ensino Pesquisa e Extensão em Gado de Leite da Universidade Federal de Viçosa-MG (UEPE-GL), utilizando-se 12 vacas em lactação holandesas distribuídas em três quadrados latinos balanceados 4x4. Cada período experimental teve duração de 15 dias, sendo 10 dias para adaptação e cinco para coletas de amostras. As quatro rações experimentais isoprotéicas foram formuladas para conter na base da matéria seca 70% de silagem de milho e 30% de uma mistura de fubá de milho e ou farelo de trigo, farelo de soja, sais minerais e uréia, utilizando-se níveis crescentes de farelo de trigo em substituição ao fubá de milho na ração (0, 33, 67 e 100%). Foram avaliadas a produção e a composição do leite, os consumos e digestibilidades aparentes da matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN), extrato etéreo (EE), carboidratos totais (CT) e o consumo de carboidratos não fibrosos (CNF) e nutrientes digestíveis totais (NDT), a produção de proteína microbiana utilizando-se a excreção total de derivados de purinas a partir de coletas spot de urina, as concentrações de uréia e N-uréia no plasma e no leite e as excreções urinárias de uréia e N-uréia, assim como o pH e concentrações de amônia ruminal. As amostras de silagem de milho e sobras foram coletadas diariamente e as fezes no 10 o e 13 o dia de cada período experimental. As amostras spot de urina foram obtidas no 13 o dia para análise de creatinina, uréia, alantoína e ácido úrico, assim como as amostras de sangue que foram coletadas também no 13 o dia para avaliar a creatinina e uréia. As amostras de leite coletadas no 11 o e 14 o dia de cada período experimental foram analisadas para gordura, proteína bruta, extrato seco total, extrato seco desengordurado, alantoína e uréia. Foram coletadas amostras do líquido ruminal no 15 o dia de cada período experimental para medição do pH e avaliação da concentração de amônia ruminal. Para todos os tratamentos cinco dias foram suficientes para adaptação dos animais as rações. Ao se elevarem os níveis de farelo de trigo da ração, não houve variação nos consumos de MS, MO, PB, EE, CT e NDT, entretanto o consumo de FDN aumentou linearmente e o consumo de CNF diminuiu. As digestibilidades aparentes da MS, MO, PB e CT decresceram linearmente, enquanto as digestibilidades aparentes do EE e FDN não variaram. A produção de leite corrigida ou não para 3,5% de gordura e a sua composição não variaram com os níveis crescentes de farelo de trigo da ração. A avaliação econômica da dieta apresentou um decréscimo nos custos a medida que aumentava os níveis de farelo de trigo da dieta. As excreções urinarias de uréia, alantoína, purinas totais, purinas absorvidas e N-microbiano não variaram com os níveis de farelo de trigo da ração, entretanto a excreção de ácido úrico apresentou um comportamento quadrático. As concentrações de uréia no plasma também apresentaram um comportamento quadrático, enquanto as concentrações de uréia no leite não variaram. O pH e concentração de amônia ruminal também não variaram com os tratamentos.