Seleção de genótipos de trigo visando tolerância ao estresse hídrico
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Genética e Melhoramento |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/31506 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.759 |
Resumo: | O trigo (Triticum aestivum L.) desempenha um importante papel nos aspectos econômicos e sociais. É o segundo cereal mais produzido no mundo e uma das maiores fontes de carboidratos usadas na dieta humana. Apesar de ser um dos maiores produtores de alimentos do mundo, o Brasil não é autossuficiente na produção de trigo, o que demanda a importação de aproximadamente 40-50% do total consumido. Nas últimas safras vem aumentando o processo de expansão da cultura do trigo para áreas tropicais, o que em parte abrange o cerrado brasileiro. Este bioma tem extensas áreas agricultáveis, no entanto, as elevadas temperaturas e o estresse hídrico provenientes de veranicos são os principais obstáculos para a consolidação da triticultura, principalmente para a produção de trigo sequeiro. Dentre os estresses abióticos, o déficit hídrico é um dos mais complexos e que proporciona grandes prejuízos sobre a produtividade de grãos. Por essa razão, há a necessidade do desenvolvimento, seleção e recomendação de genótipos de trigo que possuam tolerância à seca. Na literatura são observados índices de tolerância à seca, os quais servem como ferramentas para o pesquisador, que se baseiam em uma relação matemática entre as produtividades em ambiente com e sem estresse hídrico. O principal objetivo deste trabalho foi fenotipar para as características agronômicas visando a seleção de genótipos de trigo a partir de índices de tolerância à seca. Para este propósito, 31 linhagens e cinco cultivares foram avaliadas a campo no delineamento de blocos casualizados em ambiente irrigado e sequeiro. Os experimentos foram conduzidos entre os meses de maio e outubro de 2020. Foi realizado o monitoramento da umidade do solo para a construção do balanço hídrico. As características agronômicas avaliadas foram: rendimento de grãos (kg ha-1), massa de espiga (g), peso hectolítrico, número de espiguetas por espiga, número de grãos por espiga, massa de grãos por espiga (g), massa de cem grãos e fertilidade (G). Os índices de tolerância à seca utilizados foram: índice de suscetibilidade ao estresse (SSI), produtividade média geométrica (GMP), produtividade média (MP), média harmônica (HM), tolerância (TOL), índice de tolerância ao estresse (STI) e índice de estabilidade de rendimento (YSI). Os dados foram submetidos às análises de variância individual e conjunta. As médias dos genótipos para as características foram agrupadas pelo teste de Scott e Knott. Os genótipos foram ranqueados do 1° ao 36° para os oito índices de forma individual e conjunta. As análises de variância indicaram haver genótipos de trigo tolerantes ao estresse hídrico. Os resultados evidenciaram que dentre os sete índices de tolerância ao estresse, MP, HM, GMP e STI foram suficientes para distinguir os genótipos tolerantes dos genótipos sensíveis. Isso demonstra que são índices ótimos para serem empregados em novas pesquisas de tolerância à seca em trigo. As linhagens VI 14001, VI 14118, VI 9004, VI 14214, VI 131313, VI 14197 e a cultivar comercial BRS 264 foram considerados mais tolerantes ao déficit hídrico, dessa forma podem ser consideradas como fontes de alelos para cruzamentos e/ou para novas pesquisas envolvendo estresse por seca. Palavras-chave: Triticum aestivum L. Trigo tropical. Índices de tolerância. |