Sobrevivência de Stenocarpella maydis e Stenocarpella macrospora em restos culturais do milho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Casa, Ricardo Trezzi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11503
Resumo: Em ensaios conduzidos no campo e laboratório, estudaram-se as associações dos fungos Stenocarpella maydis e S. macrospora com os restos culturais do milho. No campo, demonstrou-se que a presença dos resíduos culturais de milho sobre a superfície do solo de uma estação de cultivo para outra, garante a presença e a viabilidade dos fungos S. maydis e S. macrospora. A decomposição da palha do milho mantida na superfície do solo foi de 78,5 % aos 29 meses de exposição no campo; além disto, a decomposição dos restos culturais incorporados ao solo é mais rápida do que mantidos sobre o solo. O número de conídios de S. maydis e S. macrospora capturados no ar foi inversamente proporcional à distância vertical e horizontal da fonte de inoculo, constituída de palha infectada. Os conídios foram capturados até altura de 2,0 m acima e distantes 120 m da fonte de inóculo. A maior quantidade de conídios capturados no ar ocorreu durante o dia, sendo os esporos coletados isoladamente ou agrupados em cirros, não necessitando estarem veiculados a gotículas d’água. Em laboratório, determinou-se que a faixa de temperatura de 23 a 28 o C proporcionou o maior crescimento do micélio de S. maydis e S. macrospora, tanto sob luz contínua como sob fotoperíodo de 12 h. O micélio dos fungos não cresceu àtemperatura inferior a 10 o C e superior a 40 o C. A faixa de temperatura de 26 a o 33 C propiciou a maior porcentagem de germinação dos conídios, sendo que ambas espécies germinaram mais rapidamente na presença de luz constante. Após 24 h de incubação os conídios de S. macrospora e S. maydis não germinaram nas temperaturas de 5 e 45 o C. A extrusão do cirro de conídios em colmos de milho foi maior na faixa térmica de 30 a 35 o C sob luz contínua. Este trabalho apresenta as bases científicas para elucidar por que as doenças causadas por fungos necrotróficos, como as espécies do gênero Stenocarpella, são mais severas em plantio direto. Evidenciou-se que a presença dos restos culturais infectados, de uma estação de cultivo para a outra, assegura a presença do inóculo na lavoura, e que em face das distâncias do transporte do inóculo, a rotação de culturas tem potencial para seu controle.