Efeitos de diferentes lâminas de água sobre a produção e qualidade da banana ‘Prata anã’ cultivada no norte de Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Figueiredo, Flávio Pimenta de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9431
Resumo: Na região Norte de Minas Gerais o manejo da irrigação, quando realizado, é baseado em parâmetros de irrigação obtidos em condições edafoclimáticas distintas, repercutindo negativamente na rentabilidade, seja pela redução da produtividade final ou pelo aumento do consumo de água e energia elétrica. Neste trabalho estudou-se os efeitos de diferentes lâminas de irrigação sobre o desenvolvimento vegetativo, produção e qualidade do fruto da bananeira e determinaram-se parâmetros básicos do manejo da irrigação para a bananeira, no primeiro e segundo ciclo da planta, na região. O experimento foi conduzido no projeto Jaíba utilizando- se a cultivar ‘Prata anã’, com espaçamentos de 3,0 x 2,5 m, irrigadas por microaspersão com um emissor para cada quatro plantas. As lâminas de irrigação aplicadas aos tratamentos foram 40, 60, 80, 100 e 120% da evapotranspiração de referência (ETo), que foi estimada pela equação de Penman Monteith. Durante as fases fenológicas da cultura mediu-se o desenvolvimento foliar e determinou-se o índice de área foliar além dos graus-dia acumulados para cada fase fenológica e das porcentagens de sombreamento. Avaliaram–se o custo da água e energia na renda bruta total. Os resultados indicam que o tratamento correspondente a 120% da ETo proporcionou maiores produtividades nos dois ciclos analisados. As lâminas de irrigação não influenciaram na qualidade dos frutos, na pós-colheita, porém foram marcantes na qualidade dos frutos, na colheita, mostrando que a lâmina de 120% da ETo foi superior às demais. Os custos da água e da energia elétrica em relação à receita bruta nos tratamentos de 40, 60, 80, 100 e 120% da ETo foram, respectivamente, 71,4%, 26,6%, 14,4%, 10,5% e 7,14% no primeiro e segundo ciclos. Comparando-se o manejo racional de irrigação com o usualmente adotado pelos irrigantes, observou-se uma economia em torno de 4% de água e energia elétrica durante o primeiro e segundo ciclos da cultura. A quantidade de água aplicada nos tratamentos de 100% e 120% da ETo promoveu a antecipação da floração e conseqüentemente da colheita em relação aos outros tratamentos. Os coeficientes da cultura (Kc) encontrados foram superiores aos indicados pela FAO em todas as fases fenológicas, com exceção da terceira fase, onde apresentou-se semelhante, indicando assim, para o primeiro ciclo, os valores de 0,71; 1,00; e 0,87 respectivamente para as fases fenológicas correspondentes a II, III e IV, e de 0,97 para a fase única correspondente ao segundo ciclo. A primeira fase, em função das altas precipitações, não foi possível determinar com precisão o coeficiente da cultura (Kc). A percentagem de sombreamento para as plantas-mãe e filha atingiu 69 e 100% no tratamento de 120% da ETo. Do plantio à colheita, a bananeira necessitou de 365 dias para as plantas-mãe e de 150 dias da colheita das plantas-mãe até a colheita das plantas-filha, correspondendo a 3176 e 1562 graus-dia, respectivamente.