Tolerância à corrupção em democracias latino-americanas
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Economia Aplicada |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/31754 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.330 |
Resumo: | A corrupção é uma conduta - ou prática - que se desvia das expectativas padronizadas no desempenho das funções do poder confiado. O que é ou não percebido como corrupção varia entre os indivíduos, no espaço e no tempo. Sempre haverá um certo grau de permissividade em relação à corrupção na sociedade. Esta dissertação concentra-se em compreender os elementos que condicionam a tolerância à corrupção, em nível individual, nas democracias latino-americanas. Para tanto, calculou-se um modelo probit ordenado, usando dados do Latinobarômetro de 2020. Os resultados indicam que os homens, em média, são mais propensos a ter menor tolerância à corrupção do que as mulheres; que indivíduos com menor nível de escolaridade têm maior probabilidade de serem mais tolerantes à corrupção; e que níveis mais elevados de prática religiosa tendem a estar associados a atitudes mais duras em relação à corrupção. Os resultados também evidenciam que os funcionários das empresas privadas têm maior probabilidade de serem mais tolerantes do que os de empresas públicas. No que se refere à percepção da extensão da corrupção, os indivíduos que acreditam que a corrupção aumentou ou aumentou muito no ano de 2020, tendem a ser menos tolerantes à corrupção e que aqueles que estão mais satisfeitos com a democracia mostram uma tendência menor de tolerar a corrupção. Confiar em muitas instituições governamentais - nacionais e internacionais - também está associado a uma menor tolerância à corrupção, resultado semelhante para indivíduos que preferem uma sociedade mais livre. Pode-se perceber que, ao se comparar com ano de 2016, os condicionantes da tolerância à corrupção se mantiveram, à exceção do resultado por sexo. Este estudo fornece evidências relevantes sobre os determinantes individuais da tolerância à corrupção nas democracias da América Latina e, portanto, nos ajuda a compreender por que a corrupção é mais resistente em algumas sociedades do que em outras. Palavras-chave: Tolerância à corrupção. Latinobarômetro. Probit ordenado. |