Características físico-químicas e microbiológicas da mistura milho moído e farelo de soja ozonizada utilizada na alimentação de frangos de corte
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Construções rurais e ambiência; Energia na agricultura; Mecanização agrícola; Processamento de produ Doutorado em Engenharia Agrícola UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/751 |
Resumo: | Objetivou-se com este estudo avaliar o efeito do gás ozônio nas características físico-químicas e microbiológicas da mistura milho moído e farelo de soja exposta a diferentes períodos de tempo (0, 10, 20, 30 e 40 h), numa concentração de 11,25 mg L-1, vazão do gás de 5 L min-1. Foram utilizadas rações formuladas com a mistura, milho moído e farelo de soja, exposta ao ozônio, para avaliar o desempenho, o rendimento de carcaça e a qualidade de carne de frangos de corte. O efeito do gás ozônio sobre os microrganismos foi avaliado pela contagem total de aeróbicos mesófilos, pela contagem total de bolores e leveduras e pelo número mais provável de coliformes totais e coliformes termotolerantes. Para avaliar as características físico-químicas, foram analisados os teores de água, de proteínas, de lipídeos, índice de peróxido e coloração da mistura milho moído e farelo de soja. Na avaliação do desempenho, do rendimento de carcaça e da qualidade de carne de frangos de corte, foram utilizados 384 pintos machos de um dia de idade, da linhagem Cobb-500. Adotou-se o delineamento em blocos ao acaso com 6 (seis) tratamentos, sendo um tratamento controle positivo e 5 (cinco) tratamentos (0, 10, 20, 30 e 40 h) de exposição da mistura de milho e farelo de soja ao gás ozônio e dois blocos (lado um e dois do galpão) com quatro repetições em cada bloco, com fornecimento às aves no período de 1 a 21 dias de idade. Cada unidade experimental foi constituída de oito aves. O tratamento controle positivo que se constituiu-se de ração formulada à base de milho e de farelo de soja sem ozonização, atendendo a mesma exigência nutricional proposta para os demais tratamentos utilizados. As variáveis de desempenho das aves avaliadas foram consumo de ração, ganho de peso e conversão alimentar. Também foram avaliadas o rendimento de carcaça, as vísceras comestíveis fígado, coração e moela, e as partes peito com osso, peito, coxa, sobrecoxa, asa, dorso, pés, cabeça e pescoço. As variáveis de qualidade da carne avaliadas foram pH e capacidade de retenção de água (perda por gotejamento) do músculo do peito. Os resultados demonstraram que o gás ozônio foi eficiente no controle microbiológico da mistura milho moído e farelo de soja, com redução: dois ciclos log (99%), na contagem total de bolores e leveduras; quase três ciclos log (99,9%), na contagem total de aeróbicos mesófilos; e coliformes totais e termotolerantes de 150 NMP g-1, para valores próximos de 4 NMP g-1. Com relação ao efeito do ozônio sobre as características físico-químicas, o teor de lipídeos reduziu 15,7% para uma exposição ao gás ozônio por 40 h. O índice de peróxido aumentou, quando a mistura milho moído e farelo de soja foi exposta ao gás, por até 20 h, embora tenha ficado abaixo de 20 meq kg-1. Com relação aos parâmetros de cor, observaram-se pequenas alterações da luminosidade, do índice do amarelo, da tonalidade e da saturação quando a mistura milho moído e farelo de soja foram expostas, por até 20 h, ao gás ozônio. No período inicial de 1 a 21 dias de idade, os melhores resultados de peso médio, ganho de peso e conversão alimentar dos frangos foram obtidos com ração formulada com milho moído e farelo de soja ozonizada por até 30 h, não diferindo os resultados do tratamento controle positivo; já os tratamentos 0 h e 40 h de exposição ao gás ozônio, o desempenho das aves foi inferior em relação ao tratamento controle positivo. No período de crescimento e final, correspondido entre 21 e 42 dias, e do período total de 1 a 42 dias de idade, o consumo de ração reduziu à medida que se aumentou o período de exposição da mistura milho moído e farelo de soja ao gás ozônio. No período de 1 a 42 dias de idade, o maior ganho de peso e a melhor conversão alimentar foram obtidos para períodos máximos de exposição ao gás ozônio de 14,9 e 22,8 h, respectivamente. Os rendimentos de carcaça e a qualidade da carne dos frangos de corte abatidos aos 42 dias de idade e alimentados na idade de 1 a 21 dias com a mistura milho moído e farelo de soja ozonizada não foram afetados. Concluiu-se que o ozônio é uma alternativa eficaz na descontaminação de ingredientes como milho moído e farelo de soja sem alterações das características físico químicas, podendo ser usado na alimentação de frangos de corte desde que o período de exposição não seja maior que 30 h, na concentração de 11,25 mg L-1 e vazão do gás de 5 L min-1. |