Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Vieira Filho, José Eustáquio Ribeiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9057
|
Resumo: |
Uma das principais tarefas intelectuais no campo da e t oria e história econômica tem sido, certamente, compreender de que maneira as mudanças tecnológicas e o complexo das organizações econômicas transformam o curso do crescimento econômico. É nesse cenário que a mudança técnica passa a ser compreendida dentro de um processo dinâmico e evolutivo do sistema econômico. O estudo aqui realizado visa analisar a economia agrícola sob o enfoque da teoria evolucionária e, nesse sentido, a competição tecnológica na agricultura é análoga à competição biológica. As firmas devem passar por um teste de sobrevivência imposto pela concorrência no mercado. O referencial teórico a ser objeto de estudo, contrário às concepções ortodoxas, baseia-se nas pressuposições de incertezas do ambiente, racionalidade limitada dos agentes, no desequilíbrio dinâmico e na instabilidade estrutural. Nessa perspectiva, podem-se caracterizar os agentes dos sistemas de produção envolvidos como concorrentes schumpeterianos, que buscam permanentemente a diferenciação e a formulação de estratégias no intuito de obter vantagens competitivas, as quais possam proporcionar lucros de monopólios. Nesse caso, a idéia de competição está associada à concentração de mercado. No intuito de comparar a evolução tecnológica na agricultura com os padrões regionais dos sistemas agroindustriais brasileiros, procurou-se, de um lado, realizar, por meio de indicadores de localização e especialização, uma análise de métodos regionais e, por outro, construir um Modelo Evolucionário de Crescimento Agrícola , aqui denominado MECA, o qual possa representar o comportamento da agricultura produtora de grãos ou mesmo a agricultura de mercado. Desta maneira, foi possível identificar a região dinâmica agroindustrial bem como padrões de comportamento das mudanças técnicas na agricultura. Para construção do modelo, foi preciso definir uma nova concepção do capital, sendo este capital uma composição de proporções fixas de fatores produtivos em uma situação dinâmica limitada. O capital na agricultura está dividido em dois tipos: o capital estoque como representativo das benfeitorias, máquinas e equipamentos, e o capital fluxo como sendo os defensivos, fertilizantes e sementes. O crescimento agrícola depende do crescimento do capital. Entretanto, para conciliar esta nova concepção de capital, o crescimento, por exemplo, do capital estoque está limitado ao crescimento do capital fluxo, e vice versa. Por fim, em um ambiente de competição tecnológica, o modelo procura mostrar que a competição pelos recursos produtivos nos complexos agroindustriais produtores de grãos leva à busca permanente de inovações, caracterizando uma dinâmica evolucionária entre as atividades e uma maior concentração do capital setorial e regional. |