Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Matangue, Mário Tauzene Afonso |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/7850
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Resumo: |
A atual escassez geral de água e a degradação dos mananciais provocadas pela seca e a descarga inadequada de efluentes, remetem o reuso de águas residuárias tratadas na agricultura como uma alternativa ambientalmente viável e aceite na economia de água potável. Uma das formas mais rentável de reuso água residuárias tratadas na agricultura é a irrigação de hortaliças consumidas cruas, pois, além da elevada demanda hídrica, elas também possui uma elevada demanda alimentar uma vez que são importante fonte de fibras, nutrientes e vitaminas. Proceder à avaliação crítica do conhecimento acumulado sobre Avaliação Quantitativa do Risco microbiológico (AQRM) aplicada uso ao agrícola de águas residuárias, identificando aspectos consolidados, lacunas de informação, avanços, e necessidades de pesquisa. Procedeu- se à avaliação comparativa de riscos estimados a partir de diferentes modelos de AQRM relatados na literatura, com especial ênfase na avaliação crítica dos modelos de exposição que fundamentam as Diretrizes da OMS para uso agrícola de águas residuárias. No que tangue aos modelos de exposição, foram utilizados dois modelos de exposição, a saber, o Shuval e de Bastos et. al. (2008). O Primeiro foi adoptado pela WHO (2006) e tem como pressuposto o volume de água remanescente na superfície da planta e o segundo a na predição da qualidade de hortícolas em função da qualidade de efluente. Como organismos-referência, foram utilizados, dois vírus (rotavírus e norovírus), uma bactéria (Campylobacter jejuni), um protozoário (Cryptosporidium parvum) e nematoides (Ascaris). Os modelos dose-resposta utilizados para rotavírus e Campylobacter jejuni foram modelo β-Poisson, função hipergeométrica confluente de Kummer e modelo β-binomal; para norovírus a função hipergeométrica gaussiana, modelo exponencial para determinação de infecção diária por Cryptosporidium parvum e novamente o modelo β-Poisson para Ascaris. Estimativas dos parâmetros de modelos dose resposta dados em valores fixos e função densidade de probabilidades, foram obtidas a partir dos diferentes métodos, nomeadamente, o de máxima verossimilhança, bootstrapping observation, Inferência Bayesiana e Bootstrap Bayesiano. Dois estimadores anuais de risco foram usados a saber o Panive e Pgold em cada modelo de exposição. Os modelos de exposição de Shuval et al. (1997) e Bastos et al. (2008) produziram estimativas de risco estatisticamente diferentes, sendo as do primeiro inferiores em todos padrões de consumo. E o mais importante, o modelo de Shuval et al. (1997), assume que os agentes patogénicos contidos no volume remanescente na superfície das culturas irrigadas permanecem aderidos às culturas, mesmo depois volume de água remanescente ter se evaporado, com essa suposição, este modelo se torna muito conservador, em relação ao modelos de Bastos et al. (2008). Não se verificaram diferenças significativas, em estimativas de risco obtidas por diferentes métodos de estimativas de parâmetros dose resposta em todos patógenos com exceção do ‘bootstrapping observation’ no estimador Pnaive. Contrariamente, foram observadas diferenças significativas em estimativas obtidas pelo Pnaive e Pgold, e no que tange aos modelos dose resposta, o modelo beta-binomial resultou em estimativas de risco diferentes do beta-Poisson e função hipergeométrica de confluente de Kummer.O uso da distribuição uniforme na concentração da E.coli conforme a metodologia da OMS (2006) em ambos modelos de exposição, em todos métodos de estimação de parâmetros dose-resposta e pelo Pnaive e Pgold, resultou estimativas de risco estatisticamente maiores que as obtidas pela distribuição lognormal a qual foi utilizada na concentração de E.coli em efluentes das lagoas de polimento. |