Desenvolvimento cognitivo entre escolares de Vicosa-MG, com deficit ponderal e deficit estatural

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Castro, Karina Cunha Carneiro de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8900
Resumo: A relação entre desnutrição e desenvolvimento cognitivo tem sido amplamente discutida na literatura. Estudos têm demonstrado que crianças que tenham sofrido de desnutrição apresentam atrasos em testes de Quoeficiente Intelectual (QI), dificuldades em áreas do desempenho acadêmico e alterações no comportamento social e emocional, quando comparadas a seus pares eutróficos sem história de déficits nutricionais. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o desenvolvimento cognitivo de escolares com déficit ponderal ou estatural e compará-los ao de eutróficos do município de Viçosa Minas Gerais. Foram aferidas medidas De peso e altura das crianças e elas foram divididas em três grupos, de acordo com seu estado nutricional: (15) eutrófico, (15) com déficit ponderal e (15) com déficit estatural O desenvolvimento cognitivo foi avaliado por meio da Escala de Inteligência Weschler para Crianças - Terceira Edição (WISC III). Procurou-se também verificar a hipótese de déficit de atenção entre as crianças com déficit de peso e ou altura, utilizando-se o índice fatorial Resistência à distrabilidade do WISC III. Procurou-se também avaliar a influência da escolaridade e inteligência materna. A inteligência das mães foi aferida pelo teste Matrizes Progressivas de Raven Escala Geral. As crianças com déficit de peso tiveram desempenho inferior às crianças eutróficas para todas as medidas de QI total, verbal e de execução. Por outro lado, as crianças com déficit de estatura somente diferiram das eutróficas com relação ao QI de execução. Não foi possível comprovar a hipótese de déficit de atenção. Inteligência e escolaridade maternas tiveram coeficientes de correlação positivos e significantes com o funcionamento cognitivo infantil. Os resultados demonstram que a desnutrição ainda que não grave é capaz de provocar atrasos no desenvolvimento cognitivo. Além disso, a desnutrição aguda, definida pelo déficit ponderal, tem seus efeitos sobre o funcionamento intelectual, mais pronunciados do que a desnutrição crônica, caracterizada pelo déficit estatural, sugerindo a importância de intervenções que atuem, especialmente de forma preventiva, neste tipo de déficit.