Condicionantes da eficiência na agropecuária do Nordeste

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Santos, Fernando Antônio Agra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11343
Resumo: A diversidade no processo de desenvolvimento entre as regiões brasileiras desperta atenção, sobretudo devido ao estágio de atraso em que ainda se encontra a região Nordeste, em relação ao Centro-Sul. Entretanto, essas desigualdades não se dão apenas entre as regiões, visto que também há um desenvolvimento dual intra-regional. A identificação de variáveis que explicam as diferenças de eficiência torna-se fundamental à proposição de alternativas que visam à melhoria da eficiência produtiva e à ampliação da rentabilidade com base nas potencialidades regionais. Objetivou-se analisar o setor agropecuário do Nordeste por meio das medidas de eficiência técnica e de escala, assim como identificar os condicionantes das diferenças de eficiência entre as áreas em estudo. O referencial teórico aborda os conceitos e medidas de eficiência, enquanto os modelos analíticos discriminam, inicialmente, as áreas em eficientes e ineficientes, por meio da Análise Envoltória de Dados (DEA). Posteriormente, são identificadas e discutidas as principais variáveis que explicam as diferenças de eficiência, mediante a estimação dos parâmetros econométricos. Os resultados confirmaram a importância de este estudo ter sido desenvolvido em cada localidade, uma vez que são distintas as variáveis que explicam a eficiência nestas. Nas regiões cacaueiras, a adoção de técnicas para o controle de pragas e as práticas de irrigação têm contribuído para melhores níveis de produção e produtividade. Nos cerrados nordestinos, as áreas que tiveram maior percentual de estabelecimentos com uso de adubos e corretivos foram as mais eficientes, devido à necessidade de correção desses solos, que apresentam elevado nível de acidez. Nas áreas canavieiras, os investimentos em tecnologia e em qualificação profissional, bem como em assistência técnica, foram importantes para elevação da eficiência. No meio-norte, mereceram destaque as variáveis relativas ao uso de adubos e corretivos, às práticas de conservação do solo, ao uso de energia elétrica e à formação de capital humano. Nas microrregiões subcosteiras, o desenvolvimento de técnicas de irrigação, a ampliação no fornecimento de energia elétrica, bem como a assistência técnica, foram variáveis relevantes, já que explicam os melhores níveis de eficiência. No agreste, a ampliação das áreas cultivadas e o fornecimento de energia elétrica contribuíram, sobremaneira, para os melhores níveis de produção nas microrregiões que compõem essa área. Por fim, no semi-árido, as variáveis referentes à conservação do solo, aos financiamentos, à assistência técnica, aos investimentos e, sobretudo, à irrigação têm contribuído para melhores níveis de eficiência.