Evolução morfológica do rostro de Spinosauridae Stromer, 1915 (Theropoda, Megalosauroidea)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Lacerda, Mauro Bruno da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/28429
Resumo: Fósseis do clado Spinosauridae são reconhecidos dos paleoncontinentes Gondwana e Laurásia desde o Jurássico Superior (Thitoniano) até o Cretáceo Superior (Cenomaniano), com ampla distribuição paleobiogeográfica. Até a atualidade, 12 espécies foram descritas: (1) Spinosaurus aegyptiacus; (2) Siamosaurus suteethorni; (3) Baryonyx walkeri; (4) Spinosaurus maroccanus; (5) Sigilmassasaurus brevicollis; (6) Irritator challengeri; (7) Angaturama limai; (8) Cristatusaurus lapparenti; (9) Suchomimus tenerensis; (10) Oxalaia quilombensis; (11) Ichthyovenator laosensis; e (12) Ostafrikasaurus crassiserratus. Além destes, diversos outros materiais são referidos na literatura sem uma identificação específica ou genérica precisa ou a níveis taxonômicos mais abrangentes. Pelo menos dez pré-maxilares foram descritos compondo 6 dos 11 gêneros da família: Angaturama, Baryonyx, Cristatusaurus, Oxalaia, Spinosaurus e Suchomimus. Através de morfometria geométrica analisou-se a variação morfológica nos pré-maxilares para verificar se a variabilidade observada pode ser explicada por fatores causais em um contexto macroevolutivo. Na projeção dos indivíduos no morfoespaço (PCA) em ambas as vistas, ventral e lateral, a forma dos pré-maxilares se estrutura de maneira compatível com a filogenia, sendo evidente uma diferenciação quanto à geometria do focinho entre as sub-famílias “Baryonychinae” e Spinosaurinae, sendo mais evidente quando observada a geometria das configurações em vista ventral. A congruência entre a forma e a filogenia pôde ser observada nas análises fenéticas de agrupamentos, bem como na análise das distâncias de Procrustes e energia de deformação das grades de deformação. A morfologia dos pré-maxilares em Spinosauridae apresenta variação bastante relevante e permitem diagnosticar alguns clados. Pela primeira vez esta porção da anatomia destes animais foi explorada quantitativamente por meio de morfometria geométrica, os reultados alcançados permitiram quantificar e descrever de maneira mais clara a variação observada. Constatou-se que algumas diferenças observadas entre as duas sub-famílias são devidas à alometria. Embora as relações internas de Spinosauridae permaneçam com algumas lacunas, o monofileticismo de Spinosaurinae foi corroborado em todas as análises quantitativas da forma aqui realizadas. Já Baryonychinae pode não constituir um grupo natural, embora as novas evidências apresentadas aqui não sejam conclusivas a esse respeito.