Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Souza, Verônica Bardi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11629
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Resumo: |
O gênero Callithrix Exleben, 1777 possui um histórico taxonômico polêmico, sendo tema de diversos estudos. Atualmente são reconhecidas seis espécies: C. jacchus, C. penicillata, C. geoffroyi, C. kuhlii, C. aurita e C. flaviceps, sendo a última, devido à escassez de espécimes depositados em coleções científicas, pouco estudada. A relação de proximidade entre essas espécies ainda não é clara, sendo que Mendes et al. (2009) propuseram uma separação do gênero em dois grupos (aurita e jacchus). Possuem hábitos alimentares peculiares, tendo a gomivoria como um dos recursos mais importantes. O sucesso na obtenção da goma através da escarificação, se deu graças a algumas modificações morfológicas, especialmente no crânio, mandíbula e dentição. Pela falta de estudos morfométricos que incluam todas as espécies do gênero, utilizando caracteres do crânio e da mandíbula, o objetivo principal desse estudo foi avaliar o dimorfismo sexual e a variação morfológica do crânio e mandíbula entre as espécies do gênero através de morfometria geométrica. Para isso, foram incluídos 452 espécimes (C. aurita, n=24; C. flaviceps, n=14; C. geoffroyi, n=88; C jacchus, n=71; C. kuhlii, n=110; C. penicillata, n=145), sendo analisadas três vistas, sendo elas: duas do crânio (lateral e ventral) e uma da mandíbula (dorsal), com respectivamente, 19, 28 e 18 marcos anatômicos bidimensionais. Os testes de dimorfismo sexual, foram realizados levando em consideração separadamente tamanho e formato. Para as análises de tamanho, foram realizadas boxplot tendo como base o tamanho do centróide e teste-t; já para o formato, foram realizadas análises de Análise discriminante (DA) e Análise de componentes principais (PCA). A ausência de dimorfismo sexual foi evidente em todas as análises. A comparação do tamanho entre as espécies também foi realizada da mesma maneira, tendo como resultado em ordem crescente: C. jacchus < C. penicillata < C. kuhlii < C. geoffroyi < C. aurita < C. flaviceps. As PCAs de cada vista apresentaram grandes sobreposições, já nas análises de variáveis canônicas (CVA), é possível observar uma maior separação entre os grupos jacchus e aurita (que é corroborada pelas medidas de distância de Procrustes e Mahalanobis), porém a distinção de todas as espécies não foi evidente. Para a visualização da variação do formato do crânio e da mandíbula entre as espécies, foram utilizadas as configurações médias de cada espécie em comparação com a média geral, nessa análise é perceptível as diferenças morfológicas específicas. De modo geral, as espécies do grupo aurita englobam modificações no crânio como aumento da caixa craniana e retrusão da arcada dentária superior, na mandíbula também apresentam a retrusão da arcada, enquanto que as espécies do grupo jacchus possuem a caixa craniana mais comprimida e arcadas superiores e inferiores mais protrusas. De forma complementar, reconstruímos o formato ancestral e testamos o sinal filogenético tendo como base a topologia encontrada por Garbino (2015), onde das três vistas analisadas, a vista lateral do crânio não refutou a hipótese da ausência do sinal filogenético. Apesar da similaridade morfológica, a dicotomia proposta por Mendes et al. (2009), se mostrou constante nas diferentes análises. Por essa separação também ser vista nos hábitos alimentares, nós atribuímos esse padrão encontrado a um constraint morfológico resultante da grande especialização necessária para a realização da escarificação. |