Caracterização molecular e biológica de begomovírus de soja (Glycine max) e leiteiro (Euphorbia heterophylla) e resistência a vírus mediada por RNA interferente em plantas transgênicas de soja
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Etiologia; Epidemiologia; Controle Doutorado em Fitopatologia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/1023 |
Resumo: | A caracterização molecular de begomovírus é um aspecto de crucial importância para a compreensão dos mecanismos de variabilidade destes fitopatógenos. A análise dos genomas permite a compreensão da contribuição dos mecanismos de mutação e recombinação para a evolução de novas espécies de geminivírus. No Brasil, poucos relatos de ocorrência de begomovírus na cultura da soja foram registrados até o presente. Amostras de folhas de soja com sintomas claros da infecção por vírus foram obtidas em campo de produção de soja em Santo Antônio de Goiás (GO) e analisadas quanto à presença de begomovírus. Após a confirmação da infecção viral via PCR, os genomas completos foram amplificados a partir das amostras infectadas por meio de RCA (rolling circle- amplification). Os clones obtidos foram seqüenciados e a análise das sequências demonstrou a infecção por três vírus distintos: Bean golden mosaic virus (BGMV), Sida micrantha mosaic virus (SiMMV) e Okra mottle virus (OMoV), este último relatado recentemente em plantas de quiabeiro e, pela primeira vez, em soja. Um isolado de begomovírus detectado em leiteiro (Euphorbia heterophylla), uma planta daninha comumente associada à cultura da soja, também foi clonado e demonstrou-se tratar de um isolado de uma possível nova espécie, o Euphorbia mosaic Peru virus. O carlavírus Cowpea mild mottle virus (CpMMV) é um fitopatógeno de ocorrência relativamente recente na cultura da soja, se apresentando como um possível risco para a cultura nas condições brasileiras. O silenciamento de RNA é um mecanismo natural de defesa de plantas contra vírus que tem sido largamente empregado na geração de plantas transgênicas resistentes. Neste trabalho, o silenciamento de RNA foi direcionado para uma sequência do gene que codifica a proteína capsidial (CP) do CpMMV, a fim de gerar plantas transgênicas de soja resistentes ao vírus. Também foram usadas, em outra construção, sequências dos genes Rep do SiMMV e CP do potyvírus Soybean mosaic virus (SMV) para a geração de plantas transgênicas de soja resistentes aos dois vírus simultaneamente. O vetor pCARLA contém um fragmento de DNA de 493 pares de bases (pb) do gene CP do CpMMV, e foi utilizado para a transformação de embriões de soja pela técnica de bombardeamento. O vetor pGEMPOTY contém um fragmento de 303 pb do gene CP do SMV e um fragmento de 404 pb do gene Rep do SiMMV. Plântulas oriundas do bombardeamento com o vetor pGEMPOTY foram regeneradas em meio seletivo, e aguardam a confirmação da presença do transgene por meio de PCR. Foram obtidas cinco plantas transformantes com o vetor pCARLA, as quais foram desafiadas com o vírus CpMMV. As plantas transformantes, assim como os controles, não demonstraram sintomas visíveis da infecção pelo vírus. A progênie das plantas transformantes oriundas do bombardeamento com o vetor pCARLA será desafiada com o CpMMV a fim de confirmar esses resultados e verificar a herança e expressão do transgene. |