Compósitos de partículas de madeira de Eucalyptus grandis, polipropileno e polietileno de alta e baixa densidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Milagres, Emerson Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9317
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar a viabilidade de se utilizar o plástico reciclado para produção de painéis aglomerados. Para tanto foram fabricados painéis de madeira/plástico, empregando-se três tipos de resinas termoplás- ticas (polietileno de alta densidade (PEAD), polietileno de baixa densidade (PEBD) e polipropileno (PP)), em três níveis (0, 25 e 50%), e três tipos de adesivo (uréia-formaldeído, uréia-formaldeído + 0,5% de epóxi e fenol-formal- deído), utilizando 8% de sólidos resinosos sobre a massa total de partículas. Em todos os painéis foi aplicado 0,5% de parafina, que foi calculada com base na porcentagem de madeira empregada na produção dos painéis. Foram produzidos 42 painéis com dimensões aproximadas de 40 x 40 x 1 cm, com densidade média de 0,74 g/cm3, constituindo um total de 21 tratamentos, com duas repetições. As propriedades físicas e mecânicas dos painéis foram determinadas em conformidade com a norma ASTM D-1037-91. Os resultados dos testes mecânicos foram comparados com os valores mínimos estabe- lecidos pela norma ANSI/A 208.1-1993 (Wood Particleboard), e os resultados dos testes de absorção de água e inchamento em espessura foram compa- rados com os valores máximos estabelecidos pelas normas DIN 68m761 (1) – 1961 (Santana e Pastore, 1981) e CSA 0437-1993, respectivamente. À exceção do módulo de elasticidade, os valores experimentais das propriedades mecânicas ultrapassaram os valores mínimos requeridos pela norma ANSI/A1- 280/93. Para o inchamento em espessura, observou-se que, de modo geral, os painéis produzidos com 50% de resinas termoplásticas não ultrapassaram o valor máximo estabelecido pela norma DIN 68m761 (1), no entanto para absorção de água após 24 horas de imersão constatou-se que todos os painéis ultrapassaram o valor máximo estabelecido pela norma CSA 0437-1993. A adição de 0,5% de epóxi no adesivo de uréia-formaldeído aumentou significati- vamente a resistência à flexão estática dos painéis produzidos com PP. Já os painéis produzidos com fenol-formaldeído absorveram, significativamente, maior porcentagem de água do que aqueles produzidos com os adesivos de uréia-formaldeído e uréia-formaldeído + 0,5% de epóxi. Os painéis produzidos com PEAD apresentaram menor porcentagem de absorção de água, menor inchamento em espessura, maior resistência à tração perpendicular, maior resistência ao arrancamento de parafuso e maior resistência à flexão estática. Entretanto, para a dureza Janka, os painéis com 50% de PP, contendo os adesivos de uréia-formaldeído e uréia-formaldeído + 0,5% de epóxi, apresen- taram resistência significativamente superior à dos painéis produzidos com PEAD e PEBD. O acréscimo de 25 para 50% no teor de plástico diminuiu a resistência dos painéis para tração perpendicular, arrancamento de parafuso e resistência à flexão estática. Já para o teste de dureza Janka observou-se que os painéis com PP, contendo os adesivos de uréia-formaldeído e uréia- formaldeído + 0,5% de epóxi, tiveram aumento na resistência.