Desenvolvimento de uma matriz maleável, reabsorvível e porosa e sua aplicação no tratamento da doença periodontal pela técnica de regeneração tecidual guiada
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de Mestrado em Medicina Veterinária UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/5185 |
Resumo: | A doença periodontal é um importante problema tanto na medicina humana quanto na veterinária, pois apresenta como grave consequência a perda dos tecidos de sustentação da peça dental, sendo que o tratamento convencional retirada mecânica da placa - não permite a formação dos tecidos periodontais de sustentação. Os defeitos ósseos resultantes da afecção necessitam de preenchimento com substitutos para que ocorra a regeneração óssea apropriada no local. A utilização de biomateriais biocompatíveis e osteocondutores, preferencialmente reabsorvíveis, serve como suporte para formação óssea e são reabsorvidos gradativamente pelo organismo, sem qualquer reação adversa. O objetivo desse trabalho foi caracterizar duas membranas compostas por hidroxiapatita sintética (HAP 91 PLUS ®) e policaprolactona (PCL) em diferentes concentrações (75HAP/25PCL e 60HAP/40PCL) e avaliação da utilização da segunda em defeitos periodontais na mandíbula de cães. A análise da membrana pela microscopia eletrônica de varredura revelou superfície complexa na membrana 75HAP/25PCL e menos complexa na membrana 60HAP/40PCL. Ambas apresentaram alta cristalinidade, avaliadas pela difração de raios-X e a presença de cristais de hidroxiapatita na superfície da membrana nos quais auxiliam a complexidade da topografia. Os diâmetros médios dos poros foram de 15,7(±8,1) μm e 10,4 (±6,3) μm sem, entretanto, evidenciar a presença de macroporos nem a interconexão entre os poros existentes. Para explicação in vivo, os grupos experimentais foram divididos em controle e tratado, contendo seis animais cada. A doença periodontal foi induzida em três estágios em todos os animais, e seis deles receberam tratamento com a técnica de regeneração tecidual guiada. As avaliações clínicas foram realizadas durante duas semanas após a implantação da membrana e após 60 dias do pós-operatório. Radiografias foram retiradas no pré operatório imediato e aos 60 dias após tratamento. A histologia e a tomografia microcomputadorizada foram realizadas aos 60 dias do pós-operatório. Clinicamente não foram observados dor e secreção purulenta, e não houve diferença estatística no nível clinico de inserção entre os grupos avaliados. Nos animais tratados, 50% apresentaram deiscência e 83% exposição de membrana. As imagens radiográficas demonstraram radiopacidade igual ao osso alveolar na região do defeito em ambos os grupos. A tomografia microcomputadorizada revelou que o grupo controle apresentou, com diferença estatística, maior relação de volume ósseo sobre o volume total do defeito em relação ao grupo tratado, no entanto em todos os animais, a região de furca não foi preenchida por novo osso alveolar. A histologia revelou presença de grande infiltrado inflamatório e presença de tecido conjuntivo em ambos os grupos. Osso novo apenas foi observado na borda apical do defeito tanto no grupo controle quanto no grupo tratado. Assim, o biomaterial utilizado não obteve sucesso quando utilizado em defeitos periodontais, sendo necessários assim, maiores estudos quanto a sua utilização em outras regiões do organismo. |