Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Silva, José Antonio Moura e |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9718
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Resumo: |
Na região semi-árida do Nordeste do Brasil, especificamente no Sub-médio São Francisco, o cultivo da uva é uma das principais atividades agrícolas e econômicas. Recentemente, ocorreu o aumento da área de produção de uva de vinho, em decorrência da instalação de vinícolas em Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista e Petrolina, municípios que originaram o Pólo Vitivinícola do Vale do São Francisco. Uma característica importante para a produção de uvas de vinho é o balanço entre o desenvolvimento vegetativo e o reprodutivo da videira, sendo o manejo da água um dos fatores desse equilíbrio. Desta forma, o manejo de irrigação é uma alternativa para o controle do crescimento vegetativo, do rendimento total da uva, e da qualidade das bagas. Como as pesquisas neste campo ainda são incipientes na região, um estudo foi realizado no campo experimental da Embrapa Semi-Árido, em Petrolina-PE, onde foram avaliados os efeitos do manejo com irrigação lateralmente alternada (partial rootzone drying - PRD) após a fase de pegamento do fruto, e da irrigação com déficit controlado (regulated déficit irrigation - RDI) após a maturação, no cv. Petite Syrah, sob os porta-enxertos Paulsen 1103 e IAC 572. A distribuição radicular de ambos os porta-enxertos foi estimada ao final do período de formação, pelo método do perfil, auxiliado pela análise de imagens digitais. A fenologia da videira foi avaliada por meio de visualização do aparecimento de períodos, que foram definidos em função dos dias após a poda (dap) e exigência térmica em graus-dia (GD): F1-poda ao início da brotação; F2-início da brotação ao início da floração; F3-início da floração ao pegamento do fruto; F4-pegamento do fruto ao início da maturação; F5-início da maturação à colheita. O comprimento, diâmetro e a distância entre nós dos ramos foram medidos semanalmente. Aos 37, 78 e 106 dap, a fotossíntese líquida, resistência estomática e transpiração, foram medidas por meio de um sistema portátil para fotossíntese Licor Li-6200, enquanto que o potencial de água na folha foi medido por uma bomba de pressão de Scholander. A evapotranspiração da cultura (ETc) foi estimada por meio do balanço hídrico no solo, enquanto que a evapotranspiração de referência (ETo) foi estimada pelos métodos de Penman- Monteith FAO e do tanque classe A. Cerca de 80% das raízes dos porta-enxertos IAC 572 e Paulsen 1103 se concentraram até 0,60 m de profundidade, entretanto o IAC 572 apresentou maior quantidade de raízes a 0- 0,20 m de profundidade e uma maior distribuição na direção das linhas e das entre-linhas de plantas. A fenologia da videira não foi influenciada pelos fatores irrigação e porta-enxerto. Os manejos de irrigação adotados não influenciaram a produção em termos quantitativos e em termos qualitativos apenas quanto ao teor de fenóis. O comportamento fisiológico, o vigor e o crescimento da videira também não foram afetados pelos manejos de irrigação; entretanto, o porta- enxerto IAC 572 proporcionou maiores vigor, crescimento, produção, peso médio dos cachos e das bagas, e teor de sólidos solúveis totais. Os valores de ETo foram maiores quando obtidos pelo tanque classe A em relação ao método de Penman-Monteith FAO. O volume de água consumido foi menor no PRD, o que acarretou maior eficiência do uso da água. |