Avaliação do potencial de aproveitamento geotécnico da lama de beneficiamento de rochas ornamentais em camadas estruturais de pavimentos

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Lunz, Kamila Bazoni
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
• Palavras-chave em Português: Pavimentos; Reaproveitamento (Sobras, refugos, etc.); Rochas ornamentais - Propriedades mecânicas; Construção civil - Aspectos ambientais; Infra-Estrutura de Transportes
• Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/28198

Esta pesquisa teve como objetivo principal analisar o comportamento geotécnico da Lama de Beneficiamento de Rochas Ornamentais (LBRO) de origem granítica aplicada ao solo, avaliando-se o potencial de aproveitamento técnico desse resíduo na composição de camadas estruturais de pavimentos asfálticos, através da influência da percentagem, em massa, do resíduo nas amostras e o efeito do tempo de cura em determinadas propriedades de engenharia. Para isso, foram estudados solos com características consideravelmente opostas, sendo um arenoso e outro argiloso. Dessa forma, foram realizados ensaios de caracterização geotécnica dos materiais, ensaios químicos, mineralógicos, morfológicos, ensaios de compactação e ensaios mecânicos. O Solo BR-120, argiloso, apresentou a maior massa específica das amostras estudadas, enquanto o Solo VILA, arenoso, a menor. O resíduo apresentou massa específica intermediária e as massas específicas das misturas se aproximam de uma ponderação das massas específicas dos solos de origem e da LBRO. A incorporação da LBRO nos solos implicou em queda nos índices de plasticidade, além de fazer com que as misturas de solo arenoso apresentassem granulometrias mais finas e as misturas de solo argiloso, frações granulares, segundo as percentagens de resíduo. As análises químicas e mineralógicas apresentaram, para o Solo BR-120, quartzo, caulinita e ilita. No solo VILA, destacou-se a presença de quartzo, bementita, muscovita e portlandita, enquanto na LBRO, notou-se a presença de quartzo e calcita. Na mistura 25% Solo BR + 75% LBRO, observou-se o consumo de caulinita, e na mistura 25% Solo VILA+ 75% LBRO, o mineral etringita destacou-se. Nos ensaios de Resistência à Compressão Simples (RCS) e Resistência à Tração por Compressão Diametral (RTCD) não foram verificados incrementos de resistência em relação aos solos puros apenas na amostra de 75% Solo BR-120 + 25% LBRO. No ensaio CBR, a amostra 50% Solo BR-120 + 50% LBRO foi a única, dentre as compostas por Solo BR-120, a apresentar aumento do índice CBR, enquanto todas as amostras de mistura do Solo VILA apresentaram desempenhos superiores ao do solo puro. Todas as misturas e solos puros apresentaram Expansão inferior a 1%, sendo viáveis apenas em camadas de reforço de subleito, enquanto a amostra de LBRO alcançou uma expansão superior a 3%, inviável em quaisquer camadas. Os ensaios de Módulo de Resiliência apresentaram resultados ligeiramente inferiores para as misturas com 75% de LBRO, em relação aos solos, os quais podem ser considerados semelhantes, tendo em vista o benefício ambiental da substituição parcial do solo por um resíduo. Dessa forma, considera-se viável a substituição parcial do resíduo do beneficiamento de rochas ornamentais, aplicando-o à camada de reforço de subleito. Palavras-chave: Lama de Beneficiamento de Rochas Ornamentais (LBRO). Aproveitamento de resíduos. Pavimento asfáltico. Propriedades mecânicas. Construção Civil sustentável.