O Plano de mobilidade urbana e sua relação com a dinâmica territorial: o caso de Juiz de Fora (MG)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Nascimento, Cléo Nicolau Adário Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/31301
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.328
Resumo: Desde a década de 1970, o tema da mobilidade urbana vem demonstrando crescente destaque nas discussões sobre a cidade, especialmente em relação à acessibilidade das classes oprimidas e marginalizadas do espaço urbano. Observa-se, ainda, uma expansão urbana dispersa e segregacionista, bem como a condição crítica dos deslocamentos de pessoas e cargas pelo território nacional, onde os índices de congestionamentos e acidentes de trânsito se mantém significativos. O Plano Municipal de Mobilidade Urbana, instrumento responsável por definir os ditames da política de mobilidade nas cidades, surge então como uma importante ferramenta de planejamento no território municipal. Neste contexto, a pesquisa, de caráter descritivo- exploratório, está centrada no estudo dessa política e, mais especificamente, na relação entre a dinâmica territorial de Juiz de Fora (MG), a partir da década de 2000, e o vínculo que determinados atores sociais possuem com o PlanMob-JF. Como ferramenta metodológica, utilizou-se o estudo dos Indicadores de Qualidade dos PlanMobs, buscando identificar os limites técnicos, legais, territoriais e sociais do PlanMob-JF. Observou-se uma presença majoritária de propostas direcionadas para a estruturação viária e para regiões já consolidadas no município. Este cenário corrobora tanto com a supremacia dos automóveis sob os demais modos de transporte, como também demonstra uma preocupação maior em cumprir com exigências formais sem, de fato, atender às demandas urbanas. Além disso, ficou evidente a acentuada influência de atores sociais hegemônicos nos processos decisórios, onde o capital econômico acaba por sobrepor a legislação e não atende aos interesses da maior parte da população, incluindo àqueles relacionados à questão da mobilidade. Diante disso, este grupo preterido acaba obrigado a viver uma realidade de exclusão do restante da sociedade ou a buscar, de forma independente, por medidas alternativas para alcançar uma qualidade de vida mais justa e equitativa. Palavras-chave: Plano de Mobilidade Urbana. Atores sociais hegemônicos. Juiz de Fora.