Óxido nítrico melhora o desempenho de plantas de Lactuca sativa L. expostas ao estresse salino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Campos, Fernanda Vidal de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/24677
Resumo: A tolerância ao estresse salino envolve diversas ações que atuam de forma coordenada, como a homeostase iônica, o controle da perda de água através dos estômatos, ajustes metabólicos e defesa antioxidante. Entretanto, para que essas respostas ocorram, é necessário que o estresse seja percebido e transmitido para a maquinaria celular através da atuação dos agentes sinalizadores. O óxido nítrico (NO), devido às suas propriedades particulares, têm sido considerado uma molécula sinalizadora importante sob condições de estresses. Diante disso, o objetivo do presente estudo foi avaliar a atuação do NO nas principais respostas bioquímicas e fisiológicas de plantas de Lactuca sativa (alface) expostas ao estresse salino de curta duração. As plantas foram aclimatadas por 5 dias em solução nutritiva de Clarck 1⁄2 força iônica, pH 6,5, à temperatura de 25 ± 2 °C, sob irradiância de 230 μmol m -2 s -1 e fotoperíodo luminoso de 16 horas, sendo mantidas sob aeração constante. Decorrido esse período foram submetidas aos tratamentos: controle (apenas solução nutritiva); nitroprussiato de sódio (SNP-doador de NO) (70 μM); cloreto de sódio (NaCl) (80 mM) e NaCl + SNP (80 mM e 70 μM, respectivamente). As plantas permaneceram nos tratamentos por períodos que variaram de acordo com a análise em questão. De forma geral, observou- se que o curto período de exposição ao NaCl foi suficiente para desencadear desordens em L. sativa, evidenciados pelo aumento na concentração de peróxido de hidrogênio (H 2 O 2 ), danos de membrana, sinais de morte celular, redução no crescimento, desequilíbrio nutricional, alterações hormonais e queda no desempenho fotossintético. No entanto, a presença do NO, suprido na forma de SNP, pareceu reverter os danos gerados pelo estresse ao atuar como antioxidante eliminando diretamente as espécies reativas de oxigênio (EROs) e/ou otimizando a atividade das enzimas antioxidantes, ao contribuir para produção de prolina, promover o balanço iônico e hormonal na célula e, otimizar a fotossíntese, resultando em melhorias na taxa de crescimento relativo. Assim, durante o período de tempo analisado e dose aplicada de SNP, o NO conduziu as plantas para a via que promove tolerância ao estresse, no entanto, por apresentar padrão de atuação temporal, seria de grande relevância avaliar a atuação desse agente sinalizador, também, a longo prazo.