Resistência de híbridos de Coffea canephora Pierre ex Froehner às raças II e XXXIII de Hemileia vastatrix Berk. et Br
Ano de defesa: | 2011 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Etiologia; Epidemiologia; Controle Mestrado em Fitopatologia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/4400 |
Resumo: | O café é um dos principais produtos comercializados no mundo e possui, historicamente, uma grande importância para a agricultura brasileira. Em 2011, estimase no Brasil a produção de 43,54 milhões de sacas beneficiadas de café, sendo o café conilon (Coffea canephora Pierre ex Froehner), responsável por aproximadamente 26,1% deste montante. A ferrugem do cafeeiro, causada pelo fungo Hemileia vastatrix Berk. et Br. é considerada a principal doença do café conilon. Os clones 02 e 83 tem se destacado no programa de melhoramento genético de C. canephora do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). Esses clones fazem parte da constituição de variedades clonais lançadas pelo citado instituto. Se por um lado, o clone 02, mesmo sendo suscetível a ferrugem, é um dos materiais genéticos mais cultivados no estado do Espírito Santo, o destaque para o clone 83 é a sua resistência a essa doença. Entre os métodos disponíveis para o controle da doença, a resistência genética é economicamente a melhor alternativa. Este trabalho teve por objetivo caracterizar os níveis de resistência dos clones 02, 83 e de 39 híbridos do cruzamento clone 83 x clone 02 às raças II (v5) e XXXIII (v5,7 ou v5,7,9) de H. vastatrix. Estes genótipos estão localizados na Fazenda Experimental Bananal do Norte/Incaper, a qual situa-se no município de Cachoeiro do Itapemirim-ES. Para determinação dos níveis de resistência, foi utilizada a metodologia de inoculação de uredosporos de H. vastatrix em discos de folhas. O ensaio foi conduzido seguindo o delineamento inteiramente casualizado contendo 3 repetições de 16 discos cada. O experimento foi realizado em fevereiro e abril de 2011. Os componentes de resistência avaliados para cada genótipo foram: período de incubação (PI), período latente (PL), porcentagem de discos com sintomas (DS), porcentagem de discos com esporulação (DE), porcentagem de área esporulada (AE) e produção de uredosporos por área (UA). Por meio de análise de agrupamentos foi possível classificar os genótipos em quatro níveis de resistência (resistentes, moderadamente resistentes, moderadamente suscetíveis e suscetíveis). Adotou-se como medida de dissimilaridade a distância euclidiana padronizada, e a técnica hierárquica aglomerativa de ligação completa. Quanto à resistência à raça II, dos híbridos oriundos dos clone 83 x clone 02 avaliados,quatro (11,1%) foram classificados como suscetíveis; quatorze (38,9%) como moderadamente suscetíveis; nove (25%) como moderadamente resistentes e nove (25%) foram resistentes. O clone 83, utilizado como genitor resistente, foi classificado como moderadamente resistente e o clone 02 (genitor suscetível) foi classificado como moderadamente suscetível. Quanto a resistência à raça XXXIII, dos híbridos oriundos dos clone 83 x clone 02 avaliados, três (7,9%) foram classificados como suscetíveis; dezesseis (42,1%) como moderadamente suscetíveis; quatorze (36,8%) como moderadamente resistentes e cinco (13,2%) como resistentes. O clone 83 foi classificado como moderadamente suscetível à raça XXXIII e o clone 02 como moderadamente resistente. Foi observado que os clones 02 e 83 possuem resistência horizontal à ferrugem e que o nível dessa resistência pode variar de acordo com a raça inoculada. O componente de resistência que melhor explicou a variação dos níveis de resistência foi DE. Quatro híbridos expressaram resistência vertical, não apresentando esporulação das raças II e XXXIII. Por terem sido resistentes à raça XXXIII, a qual possui os fatores de virulência v5,7 ou v5,7,9, possivelmente, estes híbridos possuem o fator de resistência SH6. Conclui-se que no conjunto de híbridos de C. canephora avaliados há genótipos que podem ser aproveitados para programas de melhoramento visando resistência qualitativa e quantitativa a ferrugem. |