Dinâmica de plantas daninhas sob o uso frequente de glyphosate em cultivos de eucalipto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Santos Júnior, Antônio dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Plantas daninhas, Alelopatia, Herbicidas e Resíduos; Fisiologia de culturas; Manejo pós-colheita de
Mestrado em Fitotecnia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4616
Resumo: O manejo de plantas daninhas em florestas homogêneas de eucalipto envolve dentre outros fatores o conhecimento da flora em sub-bosque e a sua interação com os distúrbios no meio, bem como os possíveis impactos do controle químico destas sobre a cultura. Diante da importância do estudo da ecologia de plantas daninhas e o impacto do manejo químico sobre o eucalipto, foram conduzidos três ensaios com o intuito de avaliar: o comportamento da flora infestante em plantios de eucalipto cultivados em três relevos antes e depois do incêndio florestal; comportamento da comunidade de plantas daninhas em três relevos cultivados com eucalipto submetidos ao uso repetitivo de glyphosate; e os efeitos da deriva simulada de glyphosate em plantas de eucalipto em função da idade do povoamento. Foram realizadas oito avaliações fitossociologicas ao longo do ciclo de desenvolvimento do eucalipto nas áreas de estudo, em 30 parcelas permanentes distribuídas em três relevos: baixada, encosta e topo de morro, contudo, no experimento onde a vegetação do sub-bosque foi queimada realizou-se seis avaliaçãoes pré-incêndio e duas pós. No ensaio de deriva simulada foi observada a porcentagem de sobrevivência, incremento em diâmetro a altura do peito (DAP), em altura da total da planta e em volume de madeira. O incêndio florestal alterou drasticamente a composição florística favorecendo espécies mais adaptadas a áreas perturbadas como as das famílias Poaceae e Rubiaceae. O relevo influenciou na presença de determinadas espécies como Commelina benghalensis, Digitaria insulares, Richardia brasiliensis e Spermacoce latifolia, tolerantes ao glyphosate e devido à nítida preferência das duas ultimas, por solos mais intemperizados como encosta e topo de morro. Por outro lado, a redução dos incrementos em DAP, altura, e volume de madeira, foi proporcional ao aumento da área foliar em contato com o glyphosate em plantas de menor porte, o que influenciou na taxa de sobrevivência e estande de plantas com 90 dias. Já no povoamento com 180 dias, embora tenha apresentado redução nos incrementos, não foi observada morte do eucalipto. Em plantios com 360 dias, o eucalipto foi indiferente ao aumento da área exposta à deriva. A dinâmica de plantas daninhas é influenciada por pertubações do meio, seja pelo incêndio florestal ou uso repetitivo de um mesmo herbicida, favorecendo espécies tolerantes e em altas densidades em função do relevo. A deriva pode provocar reduções drásticas no crescimento e acúmlo de madeira em plantios jovens, enquanto cultivos mais desenvolvidos, com 360 dias do plantio, não apresentam alterações em sua produtividade.