Qualidade e diversidade microbiana da água obtida pelo sistema de purificação instalado no prédio dos Laboratórios de Qualidade e Segurança de Alimentos
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Ciência de Alimentos; Tecnologia de Alimentos; Engenharia de Alimentos Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/2938 |
Resumo: | A água purificada exerce um papel fundamental na rotina laboratorial e em diversas aplicações, exigindo elevado grau de pureza. Deste modo, foi realizada uma avaliação da qualidade da água distribuída pelo sistema de purificação de água instalado nos Laboratórios de Qualidade e Segurança de Alimentos do Departamento de Tecnologia de Alimentos da UFV. A primeira parte do trabalho aborda a qualidade físico-química e microbiológica da água potável que alimenta o sistema de purificação e também a qualidade da água obtida e distribuída nos pontos de uso. A instalação e as condições de operação e desempenho do sistema de purificação de água foram avaliados. A avaliação da água potável que abastece o sistema de purificação permitiu constatar uma boa qualidade, tanto para as especificações físico-químicas (alcalinidade 20,3 mg·L-1 CaCO3, condutividade 62,7 μS·cm-1, cloro residual livre 0,84 mg·L-1, pH 6,17, temperatura 25 °C, índice de saturação de Langelier -3,76, dureza 20 mg·L-1 CaCO3, e sílica 15,2 mg·L- SiO2) quanto microbiológicas (1,24 log10 UFC·mL-1). A água purificada obtida pelo sistema esteve sempre de acordo com as especificações físico-químicas e microbiológicas estabelecidas pelo fabricante do equipamento e pela Farmacopeia Brasileira. A água purificada distribuída foi aprovada nas especificações físico-químicas, porém o nível de contagem de bactérias heterotróficas estava acima do permitido (>2 log10 UFC·mL-1), o que pode comprometer alguns resultados analíticos dos laboratórios. Foi verificado ainda que higienização do reservatório de água potável e do reservatório de água purificada deve ser feita a cada 6 meses, uma vez que os resultados deste procedimento mostraram redução significativa (p<0,05) na contagem de bactérias heterotróficas. Além disso, o sistema deve apresentar manutenção e reposição dos elementos filtrantes e acessórios do equipamento. A segunda parte do estudo teve como objetivo identificar os isolados bacterianos por meio de técnicas moleculares. Com o sequenciamento do gene ribossômico 16S rDNA, as espécies identificadas na água potável foram Aneurinibacillus aneurinilyticus, Enterococcus faecium, Escherichia fergusonii e Enterobacter cloacae subsp. Dissolvens. Na água purificada, foram encontradas as espécies Acinetobacter calcoaceticus e Staphylococcus warneri e na água distribuída, Enterococcus faecium e Enterobacter cloacae subsp. Dissolvens. A superfície dos isolados identificados foi submetidas à medida do ângulo de contato, com intuito de fazer a previsão teórica da adesão em função da hidrofobicidade das superfícies dos micro-organismos e da superfície do Loop de distribuição. As espécies e a superfície estudadas foram consideradas hidrofílicas. A adesão não foi termodinamicamente favorável (ΔG adesão >0) entre a superfície e todas as espécies identificadas. Os resultados de predição termodinâmica foram compatíveis com as contagens de bactérias heterotróficas da superfície de polipropileno (loop de distribuição) que atingiram valores de aproximadamente 5 log10 UFC·cm-2, indicando que não se caracteriza como biofilmes. |