Efeitos da coexposição ao arsênio e níquel sobre parâmetros hepáticos em ratos Wistar adultos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lima, Thainá Iasbik
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Biologia Celular e Estrutural
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/30460
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.661
Resumo: Arsênio e níquel são elementos químicos amplamente encontrados na natureza. A exposição a altas concentrações desses agentes tóxicos na água de beber pode causar disfunções orgânicas que levam a sérios problemas de saúde. O efeito negativo da intoxicação por arsênio ou níquel está bem documentado na literatura. No entanto, pouco se sabe sobre as consequências da ingestão simultânea desses metais no indivíduo. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo analisar os efeitos da coexposição ao arsênio e níquel sobre parâmetros hepáticos de ratos Wistar adultos, uma vez que o fígado é o principal órgão detoxificador do organismo. Ratos Wistar machos (70 dias de idade) foram distribuídos em quatro grupos (n = 10 animais/grupo): grupo controle (solução salina), grupo arsênio (1mg L -1 de arsênio), grupo níquel (7mg L -1 de níquel) e grupo da coexposição (1mg L -1 de arsênio + 7mg L -1 de níquel). Os animais tiveram acesso às soluções por meio da água de beber ad libitum por 70 dias, sendo eutanasiados 24 h após a último dia de exposição (CEUA 45/2021). O sangue foi coletado para obtenção de soro e determinação da concentração de transaminases. O fígado foi removido e dissecado para realização de análises histológicas, bioquímicas e enzimáticas. Os dados foram submetidos aos testes One-way ANOVA e Tukey ao nível de significância p = 0,05. Nossos resultados mostraram, que os animais foram expostos ao arsênio e níquel apresentaram níveis aumentados destes metais no fígado. Animais coexpostos aos dois metais apresentaram redução de hepatócitos e de seu citoplasma, aumento na proporção de capilares sinusoides e vasos sanguíneos, além de aumento no percentual de colágeno, glicogênio e mastócitos. Congestão, infiltrado inflamatório e degeneração hidrópica foram as patologias observadas em animais do grupo arsênio+níquel. Estes animais também apresentaram redução na atividade de catalase e aumento nas concentrações de proteínas carboniladas e óxido nítrico. A atividade de ATPase total reduziu em animais do grupo arsênio+níquel. Não foram observadas alterações nas concentrações séricas de transaminases e biometria corporal e hepática. Pode-se concluir que a coexposição ao arsênio e níquel por 70 dias pode ter desencadeado um processo inicial de dano que, em exposições crônicas, pode haver uma intensificação nas alterações com consequente prejuízo à funcionalidade hepática. Palavras-chave: Arsenito. Cloreto de níquel. Hepatócitos. Exposição subcrônica. Estresse oxidativo. Histomorfometria. Inflamação. Degeneração.