Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Lade, Carlos Gabriel de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6466
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Resumo: |
A incidência de diabetes mellitus (DM) está sendo considerada uma epidemia global, com 382 milhões de pessoas atualmente afetadas em todo o mundo e previsão de aumento para 592 milhões para o ano 2035. Atualmente, o Brasil é o quarto país no mundo em número de diabetes. Seu tipo mais comum, o diabetes mellitus tipo 2 (DM 2), constitui 90% - 95% dos casos e se caracteriza pela ação e/ou secreção da insulina prejudicados. O objetivo geral dessa dissertação foi avaliar as condições de pacientes com diabetes atendidos pelo Centro Hiperdia de Viçosa, além das adaptações físicas e metabólicas ocorridas através da participação em programas de atividades físicas. A presente dissertação foi apresentada em três artigos distintos, sendo que os objetivos foram: descrever as características epidemiológicas de portadores de DM atendidos no Centro Hiperdia da cidade de Viçosa-MG, considerando características sócio demográficos, fatores de risco modificáveis e não modificáveis; avaliar e comparar o nível de atividades física diário através da contagem de passos em pacientes com diabetes portadores e não portadores de PSD atendidos no Centro Hiperdia de Viçosa/MG; Avaliar e comparar os efeitos de programas experimentais de exercícios aeróbicos e de força no controle glicêmico de pacientes com DM 2 atendidos pelo Centro Hiperdia de Viçosa/MG. No primeiro estudo avaliou-se 547 prontuários, sendo 218 inativos e 329 pacientes ativos. A análise dos pacientes ativos demonstrou que 51% do número total de pacientes apresentavam diabetes mellitus tipo 2 associada à hipertensão. Em relação aos pacientes ativos, 72% apresentavam baixa renda familiar, 74% apresentavam baixa escolaridade, 74%, 78% e 57% apresentavam hipertensão arterial, sobrepeso/obesidade, inatividade física, respectivamente. A presença de dois ou mais antecedentes familiares para doenças coronarianas e metabólicas foi encontrada em 79% dos pacientes.. A análise da glicemia de jejum e pós prandial demonstrou valores inadequados em mais de 50% dos pacientes ativos. Os pacientes com diabetes atendidos pelo Centro Hiperdia de Viçosa apresentaram, além da própria patologia, fatores de risco modificáveis e não modificáveis complicadores para o controle do diabetes e de um bom estado de saúde. O segundo trabalho avaliou e comparou o nível de atividade física diário, através do número total de passos mensurado por pedômetro, em pessoas com DM portadores e não portadores de polineuropatia periférica simétrica distal (PSD) atendidos no Centro Hiperdia de Viçosa/MG. Vinte e sete pacientes com DM, sendo 14 não portadores e 13 portadores de PSD, foram avaliados quanto ao nível de atividade física habitual estimada por número de passos através de pedômetros. O grupo sem PSD apresentou médias de passos em 7 dias, nos dias de semana e dias de final de semana estatisticamente superiores ao grupo com PSD (p<0,05). Apesar disso, individualmente, apenas 3 pacientes sem PSD atingiram média superior a 10000 passos/dia, sendo considerados ativos, enquanto que 10 pacientes do grupo com PSD não atingiram média de 5000 passos/dia, sendo classificados como sedentários. Na comparação por dia avaliado entre os dois grupos, apesar do grupo sem PSD apresentar médias superiores em todos eles, em apenas um dia a média foi superior a 10000 passos. Conclui-se que, apesar do grupo sem PSD ser mais ativo, os dois grupos apresentam baixos níveis de atividade física habitual estimada por número de passos/dia e que a PSD pode ser um fator limitante para o aumento da atividade física habitual. O terceiro estudo avaliou e comparou os efeitos de programas de exercícios aeróbicos e de força no controle glicêmico de pacientes com diabetes tipo 2 atendidos pelo Centro Hiperdia de Viçosa/MG. Vinte e três pacientes foram selecionados e divididos em 2 grupos: treinamento aeróbico e de força. O estudo foi dividido em duas fases de 10 semanas cada, com avaliações antropométricas e bioquímicas na baseline, com 10 semanas e 20 semanas. Não foram verificadas alterações significativas em nenhuma variável antropométrica em nenhum dos grupos. Diferenças estatisticamente significativas foram encontradas nas médias de hemoglobina A1c e glicemia média estimada nos dois grupos, entre a baseline e 10 semanas, baseline e 20 semanas. Para as mudanças mínimas detectáveis, 40% do grupo de treinamento de força e 33% do grupo de treinamento aeróbico alcançaram essas mudanças nas médias individuais de hemoglobina A1c e glicemia média estimada. Em conclusão, tanto os exercícios aeróbicos quanto de força podem auxiliar o controle metabólico de pacientes com diabetes tipo 2, mesmo sem alterações na antropometria ou controle da ingestão calórica. Além disso, a mudança mínima detectável pode tornar-se um importante instrumento de avaliação de alterações individuais verdadeiras em pacientes com diabetes tipo 2 inseridos em programas de exercícios físicos. |