Biossegurança da proteína Cry1Ac, sintetizada pelo algodão geneticamente modificado, em abelhas indígenas sem ferrão e africanizadas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Siqueira, Maria Augusta Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Ciência entomológica; Tecnologia entomológica
Doutorado em Entomologia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/851
Resumo: Técnicas de engenharia genética oferecem oportunidade para a criação de plantas resistentes a insetos devido à síntese de proteínas entomotóxicas. Visando avaliar a biossegurança do algodão transgênico resistente a insetos-praga sobre polinizadores, foram desenvolvidos bioensaios com larvas de Trigona spinipes e Apis mellifera, abelhas de ampla ocorrência em flores de algodão no Brasil, utilizando a proteína Cry1Ac como modelo. Desenvolveu-se protocolo de criação das larvas de T. spinipes em condições controladas de laboratório, usando o alimento natural das abelhas. Metodologia semelhante foi utilizada para criação in vitro de larvas de A. mellifera tratadas com dieta artificial. Bioensaios foram montados com as abelhas das duas espécies sendo submetidas a três tratamentos, com cinco repetições cada (40 abelhas/repetição): (i) alimento das abelhas puro (controle); (ii) alimento das abelhas + água destilada e autoclavada e (iii) alimento das abelhas + água destilada e autoclavada + Cry1Ac. A mortalidade e o desenvolvimento das abelhas foram monitorados diariamente. A massa corporal, a largura da cabeça e a distância intertegular das abelhas recém-emergidas dos três tratamentos foram determinadas. O protocolo de criação de larvas de T. spinipes obteve 91% de sobrevivência no controle. A criação de A. mellifera, entretanto, resultou em elevados índices de mortalidade nos três tratamentos. Análises estatísticas não demonstraram diferenças significativas entre os tratamentos em relação a todos os parâmetros avaliados para as duas espécies. As metodologias utilizadas para a criação de larvas de T. spinipes e de A. mellifera foram adequadas para estudos de toxicidade de proteínas entomotóxicas nessas abelhas. A ingestão de Cry1Ac não alterou a sobrevivência, o tamanho e o tempo de desenvolvimento de T. spinipes e de A. mellifera, embora sejam necessários estudos com larvas que darão origem a rainhas.