Sorção, lixiviação e efeito residual do oxadiazon no solo
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Produção Vegetal Mestrado em Agronomia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/2020 |
Resumo: | O solo é o destino final dos herbicidas usados na agricultura, sejam eles aplicados diretamente no solo ou na parte aérea das plantas. Ao entrarem em contato com o solo, os herbicidas estão sujeitos a processos físico-químicos que regulam seu destino no ambiente. Dessa forma, objetivou-se neste trabalho avaliar a dinâmica do oxadiazon em áreas cultivadas com Alliaceae no Cerrado Mineiro, enfatizando a sorção, lixiviação e efeito residual. A lixiviação e o efeito residual do oxadiazon foram avaliados no campo utilizando a técnica de bioensaio (Avena sativa L.), no delineamento em blocos casualizados, com tratamentos dispostos em esquema de parcelas subsubdivididas 4 x 2 x 4 + 1, com quatro repetições. As parcelas experimentais foram constituídas dos momentos de aplicação de lâminas d água (0; 10 mm antes; 10 mm depois; e 10 mm antes e depois da aplicação do oxadiazon), além da testemunha (0 mm e 0 g ha-1 de oxadiazon). As subparcelas de incorporação (8 t ha-1) ou não de material orgânico no solo e as subsubparcelas das profundidades do solo (0,00-0,05; 0,05-0,10; 0,10-0,15 e 0,15-0,20 m). Coletaram-se amostras de solo para a determinação da lixiviação do oxadiazon (1.000 g ha-1) aos 0, 30, 60 e 90 dias após a aplicação (DAA) do oxadiazon e para determinar o efeito residual aos 0, 15, 30, 45, 60, 75, 90 e 105 DAA. Para determinar os resíduos de oxadiazon, utilizou-se delineamento em blocos casualizados, com tratamentos dispostos em esquema de parcelas subsubdivididas 2 x 4 x 8 + 1, com quatro repetições. As parcelas foram constituídas de incorporação (8 t ha-1) ou não de material orgânico no solo, além da testemunha (0 t ha-1 e 0 g ha-1 de oxadiazon). As subparcelas das profundidades do solo (0,00-0,05; 0,05-0,10; 0,10-0,15 e 0,15-0,20 m) e as subsubparcelas de épocas de coleta de solo (0, 2, 4, 8, 16, 32, 64 e 128 DAA). As amostras foram quantificadas por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), utilizando técnica de extração sólido-líquido com partição em baixa temperatura (ESL-PBT). Na avaliação da sorção em casa de vegetação, utilizaram-se areia lavada e 22 solos provenientes de áreas cultivadas com Alliaceae no Cerrado Mineiro. Determinaram-se a DL50, dose letal capaz de inibir 50% do acúmulo da massa seca do bioindicador (A. sativa L.), e a relação de sorção (RS) para cada solo. Ao 0 DAA, observou-se maior lixiviação, com a aplicação sequencial de lâmina d água de 10/10 mm, atingindo a profundidade de 0,15-0,20 m. No efeito residual avaliado por bioensaio, o maior tempo de meia-vida (t1/2) foi de 54 dias, na camada de 0,00-0,05 m, na aplicação de 10/10 mm, independente da incorporação de material orgânico no solo. Na camada de 0,00-0,05 m, verificaram-se t1/2 de 56 e 51 dias do oxadiazon no solo com e sem incorporação de material orgânico, respectivamente, nas análises cromatográficas. A DL50 foi mais expressiva (528,09 g ha-1) para substrato de solo, resultando em maior (>53,00) RS. Conclui-se que o momento de aplicação de lâminas d água interfere na lixiviação e efeito residual do oxadiazon no solo. A incorporação de material orgânico no solo, não afeta a lixiviação e o efeito residual do oxadiazon pelo método de bioensaio. O método sólido-líquido com partição em baixa temperatura proposto para a extração e quantificação por cromatografia líquida do oxadiazon no solo, é adequado para estudos de detecção de resíduo deste herbicida. O oxadiazon apresentou baixa mobilidade no solo pelo método cromatográfico. Em solos com incorporação de material orgânico, observaram-se maiores concentrações do oxadiazon nas diferentes profundidades e períodos, e, consequentemente, maior efeito residual. Independentemente do método de detecção e quantificação do oxadiazon, bioensaio e cromatografia, os valores de t1/2 encontrados são próximos. Dessa forma, o método de bioensaio pode ser recomendado para monitorar resíduos de oxadiazon no solo. A sorção do oxadiazon é influenciada pelas características químicas dos solos cultivados com Alliaceae, ressaltando a correlação com o pH (CaCl2), teor de magnésio, alumínio, matéria orgânica, carbono orgânico e a saturação por alumínio. |