Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Aguilar Piratoba, Alba Rocio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/27585
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Resumo: |
Em diversos países do mundo onde o atrazine é muito utilizado, tem-se constatado com frequência a presença desse herbicida em corpos de águas subterrâneas. Acredita-se que as alterações observadas nas camadas em profundidade do solo interferam na sorção, meia-vida e persistência do herbicida no solo. Isto pode ser atribuído às diferenças marcantes na textura e no teor de matéria orgânica dos horizontes dos principais tipos de solos utilizados em grandes áreas de cultivo do mundo. Deste modo, amostras de solos provenientes das camadas superiores (0-20 cm de profundidade) quando utilizadas para determinação da sorção e a meia-vida do herbicida (variáveis utilizadas em todos os modelos matemáticos disponíveis), podem gerar resultados não representativos da realidade ou falsos, quanto à predição dos riscos de contaminação de águas subterrâneas. Nesta pesquisa foi avaliado o comportamento do atrazine em amostras de horizontes de um Latossolo Vermelho-Amarelo e, também, em misturas dos diferentes horizontes desse solo. Isto teve como objetivo confirmar a hipótese da importância da qualidade da amostra do solo quanto à origem, profundidade e, ou misturas de horizontes visando a utilização de modelos matemáticos para predição de risco ambiental decorrentes do uso do atrazine. Nestas amostras coletadas foram realizados estudos de sorção, dessorção, persistência e meia-vida do atrazine por métodos analíticos e biológicos. Para os estudos de sorção e dessorção foi utilizada a metodologia do Batch Equilibrium e quantificada por Cromatografia Liquida de Alta Eficiência - CLAE. Para a determinação da meia-vida do atrazine foram realizados ensaios analíticos para selecionar um método de extração do herbicida no solo que foi validado, e por fim o atrazine foi quantificado por CLAE. Em paralelo a sorção do atrazine pelos coloides do solo e sua persistência agronômica foram estimadas por métodos biológicos. O potencial de contaminação de águas subterrâneas pelo atrazine foi estimado utilizando o modelo matemático denominado índice de GUS, oficialmente adotado no Brasil pelo IBAMA, utilizando as variáveis, constante de sorção normalizado para carbono orgânico (Koc) e meia-vida previamente determinadas por CLAE. Os valores da dose que inibe em 50% (C 50 ) o crescimento da planta indicadora e a razão de sorção (RS) apresentaram correlação positiva com o teor de matéria orgânica das amostras. Maiores teores de matéria orgânica ocorreram no horizonte superficial do perfil do solo. Verificou-se relação inversa entre teor de matéria orgânica no solo e a persistência do atrazine. Esta persistência foi maior em amostras de horizontes mais profundos que apresentam menores teores de matéria orgânica. O atrazine foi extraído das amostras de solo com o método de extração sólido-liquido utilizando como solvente extrator uma solução preparada com acetonitrila, metanol e água. O método mostrou ser seletivo, eficiente, preciso e exato e assim foi utilizado para estimar a meia-vida do atrazine. Esta, no perfil do solo variou de 7 a 57 dias, sendo que a meia-vida foi maior nas amostras dos horizontes mais profundos do solo. O índice de GUS variou entre 1,55 e 4,25, valores de potencial de lixiviação baixo, alto e intermédio. Pelo índice de GUS constatou-se alto risco de lixiviação do herbicida quando presente nos horizontes mais profundos. Concluiu-se que existe relação direta entre a sorção do atrazine e o teor de matéria orgânica do solo, e inversa com a meia-vida deste herbicida. Em razão disso, sugere-se que essas varáveis (sorção e meia-vida) sejam utilizadas em modelos matemáticos para predição mais segura do potencial de contaminação, quando considerado o valor obtido de amostras compostas dos diversos horizontes dos perfis do solo, se homogêneos. Em decorrência da variação de atributos no perfil dos solos, melhor resposta para meia vida, deve considerar estratificação em função, notadamente, do percentual de matéria orgânica. |