Caracterização de um begomovírus obtido de maracujazeiro (Passiflora edulis f. flavicarpa) e produção de clones infecciosos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Ferreira, Sávio de Siqueira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Bioquímica e Biologia molecular de plantas; Bioquímica e Biologia molecular animal
Mestrado em Bioquímica Agrícola
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2397
Resumo: Os begomovírus (família Geminiviridae) possuem genoma de DNA circular de fita simples, encapsidado em partículas icosaédricas imperfeitas geminadas. São transmitidos pela mosca-branca Bemisia tabaci e causam doenças de grande importância econômica em diversas culturas, principalmente em regiões tropicais e subtropicais. No Brasil, os begomovírus são um grande problema fitossanitário nas culturas do tomateiro e feijoeiro, e relatos recentes confirmam sua presença também na cultura do maracujazeiro. Apesar da baixa incidência, sua importância na cultura do maracujazeiro não deve ser subestimada, devido à severidade dos sintomas e incapacidade da planta de recuperar-se da infecção causada por esses begomovírus. O objetivo deste trabalho foi realizar a caracterização molecular e biológica do isolado BR:LNS2:Pas:01 de begomovírus obtido de maracujazeiro em Livramento de Nossa Senhora, BA. Para isso, foi realizada a clonagem e seqüenciamento do genoma viral (DNA-A e DNA- B). A análise das seqüências demonstrou que o DNA-A do BR:LNS2:Pas:01 possui cinco ORFs correspondentes aos genes cp, rep, trap, ren e ac4, e outras duas ORFs com alta identidade de seqüência com a ORF AC5. O DNA-B possui ORFs correspondentes aos genes mp e nsp. O DNA-A do isolado BR:LNS2:Pas:01 possui maior identidade de seqüência com o Tomato chlorotic mottle virus (ToCMoV) (77%), e o DNA-B com o Tomato yellow spot virus (ToYSV) (74%). Esses valores indicam tratar-se de uma nova espécie, para a qual é proposto o nome Passion flower severe leaf distortion virus (PSLDV). A análise filogenética agrupou o DNA-A do PSLDV no mesmo ramo monofilético do TGMV, e o DNA-B no mesmo ramo monofilético do ToYSV. A caracterização biológica consistiu na determinação da gama de hospedeiros do PSLDV- [BR:LNS2:Pas:01], inoculando-se clones infecciosos via biobalística em diversas espécies/cultivares de plantas. Plantas das famílias Passifloraceae e Solanaceae foram hospedeiras do vírus, mas apesar do alto relacionamento filogenético com os vírus de tomateiro do Brasil, o PSLDV- [BR:LNS2:Pas:01] não foi capaz de infectar plantas dessa espécie.