Respostas bioquímica, fisiológica e comportamental de Anticarsia gemmatalis (lagarta da soja) ao inibidor de serino proteases benzamidina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Pilon, Anderson Martins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Bioquímica e Biologia molecular de plantas; Bioquímica e Biologia molecular animal
Doutorado em Bioquímica Agrícola
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/297
Resumo: Os insetos são responsáveis por grandes perdas na Agricultura. Na tentativa de controlá-los, têm-se buscado novas alternativas que não sejam baseadas em agroquímicos. Na coevolução entre plantas e insetos, as plantas desenvolveram mecanismos de defesa contra o ataque de insetos. Dentre estes mecanismos, destaca-se a produção de inibidores de protease. É postulado que, quando uma planta é atacada ou ferida, ela propicia um aumento nos níveis de inibidores de proteases na região ferida (resposta local) e ou em toda a planta (resposta sistêmica). Nesta interação inseto-planta, os insetos podem desenvolver mecanismos de defesa contra os inibidores de proteases produzidos pela planta. Esta possibilidade demanda um conhecimento mais elaborado do comportamento das enzimas proteolíticas do intestino médio dos insetos, a partir da ingestão crônica de inibidores de protease no momento do ataque à planta. Muitas pesquisas vêm demonstrando o potencial dos inibidores de proteases em comprometer o desenvolvimento do inseto. Uma praga que se destaca na cultura da soja é o lepidóptera, Anticarsia gemmatalis (Hübner). Neste contexto, o presente trabalho fundamentou-se em verificar os efeitos comportamentais no desenvolvimento pós embrionário e nas proteases digestivas de A. gemmatalis quando ingeriram o inibidor de serino-proteases benzamidina aplicado em plantas de soja da variedade CAC-1 e seu genótipo triplo-nulo, em seis diferentes concentrações: 0,0; 0,15; 0,30; 0,45; 0,60; e 0,75%. A benzamidina interferiu na resposta comportamental de lagartas e mariposas de Anticarsia gemmatalis, as quais tiveram preferência por plantas que não receberam pulverizações com benzamidina. O desenvolvimento pós-embrionário também foi afetado reduzindo o ganho de peso e aumentando a mortalidade. Anticarsia gemmatalis em situação de ingestão de inibidores apresentou respostas adaptativas como a capacidade de sintetizar cisteíno proteases. Portanto, estes dados sugerem que a utilização de inibidores de protease possa ser uma estratégia promissora no controle de Anticarsia gemmatalis na cultura da soja.