Biossurfactantes e nanopartículas de prata e cobre: síntese e efeito sobre fungos fitopatogênicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Oliveira, Max Lenine Rezende de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Microbiologia Agrícola
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/32108
Resumo: Neste trabalho foi avaliada a hipótese de que biossurfactantes e nanopartículas de prata (AgNps) e cobre (CuNps), estabilizadas com biossurfactantes, são eficazes na inibição de fungos fitopatogênicos in vitro e in vivo. Para tal, foram utilizados um ramnolipídeo, um extrato livre de células de um novo isolado de Bacillus subtilis LBBMA AP01, AgNps e CuNps produzidas utilizando-se sobrenadante de B. subtilis MV 126P ou glicose como redutores (ou catalisadores da reação). A estabilidade das nanopartículas foi também avaliada em resposta à adição de ramnolipídeo como agente estabilizante. Em placas de cromatografia onde se aplicou o extrato metanólico do isolado B. subtilis LBBMA AP01, foram encontradas manchas com valores de fator de retenção (Rf) semelhantes aos valores de padrões comerciais dos lipopeptídeos surfactina, iturina e fengicina. Foram obtidas nanopartículas de prata e cobre esféricas com tamanhos variáveis quando se utilizou glicose como agente redutor. O extrato de B. subtilis MV 126P não foi eficiente como catalisador da síntese de CuNps, sendo-o, porém, para a produção de AgNps. O ramnolipídeo mostrou-se eficiente na manutenção da estabilidade das nanopartículas, impedindo sua agregação e oxidação durante todo o período de avaliação (150 dias). Nos testes de inibição, foram utilizados três importantes fungos fitopatogênicos - Botrytis cinerea, Sclerotinia sclerotiorum e Phakopsora pachyrhizi. Foram avaliadas a germinação de esporos e escleródios e a formação de colônias resultantes do processo de germinação dessas estruturas. Avaliou-se também o crescimento micelial in vitro de B. cinerea e S. sclerotiorum e o índice de doença provocada por esses patógenos em pétalas de rosa e em folhas de repolho pulverizadas com soluções contendo nanopartículas e biossurfactantes. O extrato de B. subtilis LBBMA AP 01, o ramnolipídeo e as AgNps inibiram significativamente a germinação das estruturas reprodutivas dos três patógenos, além do crescimento micelial de B. cinerea e S. sclerotiorum in vitro. No experimento in vivo, o extrato de B. subtilis LBBMA AP 01, ramnolipídeo e as AgNps foram eficientes no controle da infecção por B. cinerea e S. sclerotiorum. Conclui-se que os agentes de controle avaliados nesse trabalho são promissores para utilização comercial. A avaliação de sua eficiência como agentes de controle de outras espécies de fungos fitopatogênicos pode expandir o potencial de aplicação desses compostos, em substituição aos fungicidas convencionais. Essa possibilidade é de grande relevância ambiental e para setores específicos, como o de agricultura orgânica. Palavras chave: lipopeptídeo, ramnolipídeo, nanopartículas metálicas, fungos fitopatogênicos e biofungicida.