Corantes em alimentos: perspectivas, usos e restrições

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1997
Autor(a) principal: Mascarenhas, Jean Márcia Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8941
Resumo: Os corantes são substâncias adicionadas intencionalmente aos alimentos, com o objetivo de conferir cor. São aplicados em grande diversidade de alimentos. Este trabalho teve como meta gerar conhecimentos que possibilitem conhecer o setor de corantes no Brasil. Para sua execução foram distribuídos e coletados questionários entre indústrias e consumidores, assim como foram elaboradas planilhas para observação dos rótulos dos produtos alimentícios. No primeiro levantamento, foi constatado que, do total das indústrias pesquisadas, 54,17% são produtoras de corantes naturais e 12,50% produtoras de corantes sintéticos. Cerca de 36,36% das indústrias abordadas concordam que há uma tendência clara de utilização dos corantes naturais. Os corantes naturais mais produzidos são o urucum e o carmim; nos sintéticos se destaca a tartrazina; e nos inorgânicos, o beta-caroteno. Das 22 indústrias produtoras de corantes pesquisadas, apenas sete conseguem exportar seus produtos. Os países que mais compram corantes do Brasil são Argentina, Venezuela, Uruguai e Paraguai. No segundo levantamento verificou-se a freqüência com a qual os corantes se apresentam nos rótulos das embalagens em diferentes alimentos, agrupados em sete categorias: laticínios, bebidas, doces, carnes, massas, diversos e sorvetes. Dos 769 produtos pesquisados, foi constatado que é grande o número de produtos que não vem especificando o tipo de corante adicionado. O corante carmim é mais encontrado nos sorvetes. Os corantes sintéticos, inorgânicos e sintéticos idênticos aos naturais também são incluídos nessa análise. O terceiro levantamento incluiu uma amostra de 279 pessoas, sendo 81 alunos da pós- graduação, 79 professores e 119 funcionários com níveis médio e superior. Constatou-se que 96,06% dos entrevistados concordam que a cor é um fator muito importante. Do total dos entrevistados, 89,96% afirmam ter o hábito de ler o rótulo dos alimentos, principalmente para saber sobre seus constituintes e o prazo de validade. Cerca de 27,96% dos entrevistados sempre levam em consideração a cor dos alimentos. As indústrias alimentícias tomam como base a IDA para liberação e comercialização dos corantes. Pode ser verificado que todos os corantes sintéticos e sintéticos idênticos aos naturais tiveram sua IDA estabelecida, ao passo que os naturais, caramelos e inorgânicos tiveram sua IDA especificada apenas para alguns tipos. O FDA alega que estes corantes são isentos de certificação, ou seja, não necessitam ser especificados, por não oferecerem riscos à saúde, embora em 1984 tenha sido criada uma IDA para o urucum extremamente restrita (0,065g/kg/Pc).