Modelagem espacial da dinâmica da mancha urbana de Viçosa-MG

• Ano de defesa: 2014
• Autor(a) principal: Caixeta, Paulo Ricardo Corrêa
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa; BR; Geotecnia; Saneamento ambiental; Mestrado em Engenharia Civil; UFV
• Palavras-chave em Português: Planejamento urbano - Viçosa (MG); Solo - Uso; Planejamento; Geoprocessamento; Modelagem espacial; Urban planning - Viçosa (MG); Land - Use; Planning; Geoprocessing; Spatial modeling; CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS
• Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3837

O planejamento urbano, fundamental para solucionar os impactos negativos do crescimento demográfico, teve na aprovação do Estatuto das Cidades (Lei no 10.257/2001) um considerável ganho em diretrizes e instrumentos normativos para regulamentação de políticas urbanas. Contudo, sua aplicação requer uma infraestrutura geoinformacional que auxilie o planejamento e gestão dos municípios, fornecendo mecanismos de análises e diagnósticos para tomadas de decisão. Este trabalho visou avaliar a capacidade de utilização de modelos dinâmicos de uso do solo baseados na estrutura de autômatos celulares para simulação da mancha urbana do município de Viçosa-MG em momentos atuais e futuros. O modelo adotado está implementado no software DINAMICA EGO, de caráter gratuito. Neste modelo, os dados de entrada constituem-se em variáveis cartográficas que influenciam o fenômeno de expansão da mancha urbana. Além destas, utiliza-se também mapas de paisagem , que se referem ao uso do solo nas épocas de início e final do intervalo temporal estudado. Para obtenção das informações de uso do solo históricas, foram utilizadas imagens do sensor Thematic Mapper (TM), do satélite Landsat 5, que foram classificadas por meio de técnicas de mistura espectral e índice de vegetação de forma a discriminar as classes predominantes. Com a combinação destas variáveis pelo somatório de seus pesos de evidência, obteve-se as áreas mais susceptíveis às transições. Os modelos foram definidos em intervalos de 13, 9 e 4 anos e sua avaliação foi feita pela comparação com dados de referência utilizando contextos de vizinhança, conhecidos por índices de similaridade. Nas projeções realizadas para os anos de 2015 e 2019, observou-se a tendência de consolidação de áreas semiurbanizadas e a expansão em sentido radial ao centro da cidade, limitado pelas regiões de alta declividade ou com presença de fragmentos de Mata Atlântica que impedem a urbanização, seguindo a tendência apresentada nos períodos anteriores. Pela avaliação quantitativa da similaridade dos resultados dos modelos de simulação com dados de referência, os valores estiveram acima de 0,45 para análise com decaimento exponencial e 0,84 para análise de decaimento constante em janela 11x11, considerados satisfatórios. Assim, a modelagem baseada em autômatos celulares espacializou as transformações ocorridas ao longo dos períodos analisados de forma semelhante aos padrões que de fato ocorreram, e indicaram a capacidade de extrapolação dos modelos no tempo com a finalidade de se conhecer projeções futuras das possíveis transições.