Cultivo de microalgas (Chlorella sp. e Ankistrodesmus sp. – Chlorophyceae) em água residuária suplementada com uréia e CO2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Machado, Mariana Fonseca
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6583
Resumo: A utilização de água residuária como fonte de nutrientes para o crescimento de microalgas é uma medida sustentável que diminui o custo do cultivo e ameniza os impactos causados no meio ambiente. Este trabalho aborda o uso de água residual pré-tratada (ARP) provenientes de efluente produzido na Refinaria Gabriel Passos (unidade de refinaria da Petrobrás), no cultivo de microalgas nativas Chlorella sp. e Ankistrodesmus sp.. O cultivo foi realizado com diferentes doses de uréia em presença ou não de fluxos de dióxido de carbono (CO2). Os tratamentos foram ARP sem adição de uréia (ARP0), ARP com 75 mg (ARP1), ARP com 100 mg (ARP2) e ARP com 125 mg (ARP3), acrescidos de injeção de CO2 no meio. O cultivo de Chlorella sp. teve duração de 18 dias e o de Ankistrodesmus sp. de 25 dias. Para cada tratamento foram obtidas curvas de crescimento, a partir de conteúdo de clorofila a. Foram realizadas análises dos conteúdos celulares: carboidratos totais, proteínas hidrossolúveis e lipídeos totais. Em Chlorella sp. o conteúdo de clorofila a foi maior no meio Watanabe (controle) (20 μg mL-1) do que nos meios alternativos. Foi observada maior produção de biomassa em meio ARP0 comparando-se ao controle. Chlorella sp. demonstrou baixa produção de proteínas, tanto nos meios ARP quanto no meio Watanabe. A quantidade de lipídeos foi menor no meio ARP0 do que no meio Watanabe, entretanto a produtividade lipídica apresentada, sem suplementação de CO2, no meio ARP0 (41,08 mg L-1) foi maior do que a observada no controle (17,9 mg L-1). Em Ankistrodesmus sp., o maior conteúdo de clorofila a foi encontrado nos cultivos com o meio ARP2, apresentando 12 μg mL-1. Foi observado aumento no conteúdo protéico quando o cultivo de Ankistrodesmus sp. (nos meios ARP) foi realizado com maiores concentrações de uréia e na presença de CO2, apresentando 17,56 % de proteínas hidrossolúveis no meio ARP3. A porcentagem de lipídeos foi menor em ARP0 do que em Watanabe. Os dados apresentados neste trabalho mostraram que a água residuária ARP apresentou-se eficaz para produção de biomassa de Chlorella sp., sendo observados valores maiores na produção de biomassa e na produtividade lipídica do que no meio Watanabe. Ankistrodesmus sp. obteve um crescimento significativo em ARP, porém esse crescimento foi equivalente ao crescimento em meio Watanabe. Entretanto, o teor de lipídeos foi menor, o que diminuiu a produtividade lipídica.