Perfil de expressão de transcritos e de microRNAs no desenvolvimento da competência de oócitos de vacas da raça Gir (Bos taurus indicus)
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Medicina Veterinária |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/31135 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.348 |
Resumo: | O gado Gir possui alto desempenho e tem sido sistematicamente selecionado no Brasil, utilizando ferramentas de seleção fenotípica. Atualmente, critérios de seleção para programas de melhoramento genético estão sendo aplicados visando melhor desempenho em características produtivas e reprodutivas, como a produção de embriões in vitro. A presença de miRNAs tem sido estudada e confirmada em todos os tecidos reprodutivos, tipos de células e fluídos biológicos, sinalizando importante papel na gametogênese e no desenvolvimento embrionário. De fato, há evidências acumuladas nos últimos anos sobre a expressão diferencial de miRNAs em diferentes estágios de desenvolvimento folicular, oocitário e embrionário e sua associação com o desenvolvimento normal de gametas e embriões. Mudanças no crescimento e na diferenciação de células da granulosa (GCs) e células do cumulus (CCs) durante a foliculogênese podem afetar diretamente o processo de maturação dos oócitos e o entendimento destes mecanismos pode ser uma ferramenta promissora para a seleção de oócitos de melhor qualidade. Diante disso, as hipóteses do trabalho são: 1) há miRNAs envolvidos no mecanismo de competência oocitária, 2) os genes BMP15, GDF9, NPPC, GJ1, GPR3 e GJ4, regulam o mecanismo de competência oocitária. Para início das coletas , 4 vacas da raça Gir foram submetidas a protocolos de sincronização estral. A partir de então, estas fêmeas eram semanalmente aspiradas até se obter 6 oócitos de cada animal, juntamente com fluído folicular, GCs e complexo cumulus-oócito (CCO). Após as aspirações os CCOs eram levados a laboratório, classificados morfologicamente, e incubados com 20 l do corante Azul Brilhante Cresil (BCB) diluido em PBS na concentração de 26 µM por 1h em estufa com atmosfera de 5% de CO2 em ar, e temperatura de 38°C . As GCs foram separadas do fluído folicular pelo processo de centrifugação. O CCO após a coloração, foi classificado em BCB- e BCB+. Tanto GCs quanto fluido folicular e CCOs foram estocados em nitrogênio líquido. O RNA total foi extraído conjuntamente de fluído folicular, GCs e CCOs para cada vaca e a expressão dos genes NPPC, BMP15, GDF9, GJ1, GJ4 e GPR3 e dos miRNAs correlacionados com os genes alvos, bta- mirR 138 (gene NPPC) e bta-miR 193a-5p (gene GPR3), foi avaliada por qPCR. O Test- t foi utilizado para comparar as médias dentro de cada tratamento (BCB+ e BCB- ) para genes e miRNA. Os resultados foram considerados significativos quando atingido o valor de P<0,05. Os genes NPPC, BMP15, GDF9, GJ1, GJ4 e GPR3 não apresentaram diferenças significativas na sua expressão entre os tratamentos BCB+ e BCB-, enquanto ambos miRNAs apresentaram diferença significativa na sua expressão. Esses resultados podem ser explicados pela fase do ciclo estral em que os animais tiveram seus folículos ovarianos aspirados não havendo diferenças na expressão dos genes relacionados a competência oocitária, ou mesmo pelo tamanho dos foclículos aspirados, entre 4 a 8 mm, denotando sua maturação. Outra explicação seria a ativação de diferentes vias gênicas, levando a competência oocitária, diferente da que foi analisada neste projeto. Quanto aos miRNAs foi possível observar a relação de ambos no desenvolvimento da competência oocitária controlando a expressão pós transcricional dos genes analisados NPPC e GPR3, não obstante não se pode descartar a possibilidade destes miRNAs estarem controlando outros transcritos, visto que miRNAs são conhecidos por serem moléculas multi-alvos. Estes achados indicam a necessidade de estudos futuros, nos quais o papel de reguladores de transcrição de ambos os miRNAs deverá ser validado pela análise de expressão para as proteínas Natriuretic Peptide C (NPPC) e G Protein-Coupled Receptor 3 (GPR3). Palavras-chave: miRNA. Competência oocitária. Maturação. |