Plantas ornitófilas, com enfoque em Sinningia sceptrum (Mart.) Wiehler (Gesneriaceae), em fragmento de Floresta Atlântica: aspectos reprodutivos e rede de interações mutualísticas
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Botânica estrutural; Ecologia e Sistemática Mestrado em Botânica UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/2558 |
Resumo: | Os beija-flores estão entre os mais comuns polinizadores em comunidades vegetacionais neotropicais. Muitas pesquisas sobre a composição da flora ornitófila e suas interações com beija-flores foram realizadas em áreas do domínio da Floresta Atlântica, mas pouco se conhece sobre esse tema em Florestas Estacionais Semideciduais. Com a necessidade de preencher essa lacuna no conhecimento, foi conduzido, em fragmento de Floresta Estacional Semidecidual, um estudo de caso com o objetivo analisar a biologia reprodutiva da ornitófila Sinningia sceptrum e um estudo sobre a rede de interações mutualísticas entre beija-flores e a comunidade de plantas ornitófilas. O fragmento, denominado de Mata do Paraíso, possui 194,3 ha e localiza-se a 20°45 S e 42°54 W, no município de Viçosa, Zona da Mata de Minas Gerais. A floração de S. scpetrum é anual-intermediária e sazonal. A intensidade das fenofases reprodutivas foi variável de acordo com disponibilidade hídrica durante a estação chuvosa. Suas flores são diurnas, protândricas e hercogâmicas e, portanto, dependentes de polinizadores. Embora a xenogamia e geionogamia tenham contribuído igualmente para a produção de frutos e sementes, observou-se o efeito da depressão endogâmica em sementes oriundas da geitonogamia. O polinizador principal de S. sceptrum foi o beija- flor Phaethornis pretrei; P. squalidus foi um polinizador ocasional e P. ruber pilhador de néctar. Os resultados do sistema reprodutivo reforçam a dependência de S. sceptrum por beija-flores para garantir o seu sucesso reprodutivo. No estudo sobre a rede de interações mutualísticas entre beija-flores e a comunidade de plantas ornitófilas foram identificadas 24 espécies de plantas visitadas por 12 espécies de beija-flores e ficou demonstrada a importância dessas interações para manutenção de ambos os grupos na comunidade. Predominaram espécies das famílias Rubiaceae e Acanthaceae e os beija- flores dos gêneros Phaethornis e Amazilia, todos com três espécies cada. As interações apresentaram-se altamente aninhada e generalizada e fracamente modular, resultado semelhante ao encontrado em sub-redes, ou seja, restrita a um ou poucos grupos de polinizadores e plantas. Os beija-flores Phaethornis pretrei, P. ruber, P. squalidus e vii Thalurania glaucopis apresentaram interações com muitas espécies. Essas interações demonstram que esses polinizadores são fundamentais para manutenção da conexão entre os elementos da rede. |