Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Ana Cecília de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10934
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Resumo: |
Atualmente, o número de crianças que crescem em famílias em que as mães são ativas no mercado de trabalho, é significativamente superior ao de gerações anteriores. Essa mudança demográfica envolve alterações quanto ao tempo e cuidado materno dedicado aos filhos, podendo afetar suas vidas atuais e prospecções futuras. Não há na bibliografia um consenso quanto aos efeitos esperados da participação da mulher no mercado de trabalho sobre a educação dos filhos e, nem tampouco, pesquisas que identificam se esse efeito é simétrico ou assimétrico entre os sexos das crianças. Consequências positivas e negativas relacionadas ao impacto da vida laboral das mães sobre os filhos, podem estar sendo geradas para a sociedade e para economia, dependendo do resultado encontrado. É possível, por exemplo, que causem impactos nas desigualdades educacionais e, consequentemente, nas desigualdades salariais entre os sexos. Nessa perspectiva, diante do aumento da participação da mulher no mercado de trabalho e da reversão do gap educacional em favor das mulheres, duas importantes tendências observadas no Brasil nos últimos tempos, o objetivo desta pesquisa é contribuir para o debate acerca dos efeitos relacionados à participação da mãe no mercado de trabalho e a escolaridade dos filhos. Busca-se ainda verificar se os anos de estudo dos filhos e o diferencial educacional entre os sexos podem ser associados às horas de trabalho da mãe, as suas jornadas de trabalho e ao trabalho da mãe em momento próximo ao nascimento do filho, além de analisar o perfil dos adolescentes e de suas famílias. As evidências empíricas são obtidas por meio dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do ano de 2014 para os adolescentes brasileiros, valendo-se da identificação de efeitos por meio do método dos Mínimos Quadrados Ordinários (MQO). Diante do fato de que o nível de escolaridade dos filhos e o emprego da mãe podem ser decisões simultâneas e características não observadas das famílias (como motivação, empreendedorismo, habilidade) e do ambiente devem determinar tanto a decisão pelo mercado de trabalho das mães quanto a escolaridade dos filhos, a estimação por Mínimos Quadrados Ordinários (MQO) possivelmente sofre de problemas relacionados à endogeneidade. Para lidar com essa possibilidade, as estimações também são obtidas por meio de variáveis instrumentais, nas quais as condições do mercado de trabalho local são utilizadas como instrumentos para a participação da mãe no mercado de trabalho. Entre os resultados, destaca-se que o fato da mãe trabalhar aumenta a média de anos de estudo dos filhos de ambos os sexos, mas o aumento das horas trabalhadas da mãe reduz a educação deles. Em relação ao diferencial educacional entre os sexos, observa-se que o efeito da mãe trabalhar só é diferente entre os adolescentes de sexos diferentes, fazendo aumentar o diferencial educacional de gênero, quando a mãe trabalha meio período comparado a trabalhar período integral. Em todas as outras medidas analisadas de trabalho da mãe, não há diferença significativa na educação dos filhos de sexos diferentes. |