Reutilização de dispositivos intravaginais de progesterona autoclavados para a indução e sincronização de estro em cabras da raça Toggenburg
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Genética e Melhoramento de Animais Domésticos; Nutrição e Alimentação Animal; Pastagens e Forragicul Mestrado em Zootecnia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/5712 |
Resumo: | O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia da reutilização de dispositivos intravaginais autoclavados sobre a indução do estro, ovulação e fertilidade em caprinos da raça Toggenburg, além de caracterizar o perfil de progesterona plasmática destes animais. O estudo foi realizado na estação de anestro estacional (n=42) e na estação de acasalamento natural (n=67), no município de Piau-MG (21°35 S de latitude e 43°15 W de longitude). As cabras receberam dispositivos intravaginais de progesterona novos (CN) ou que foram previamente utilizados por seis (C6) ou 12 dias (C12) e autoclavados posteriormente. Dinoprost (5 mg) foi administrado latero-vulvar no dia da colocação do dispositivo e eCG (200 UI), aplicado na mesma região, 24 h antes de sua retirada. Os dispositivos permaneceram por seis dias em todos os tratamentos. Dez cabras de cada tratamento foram avaliadas por ultrassonografia transretal (5 MHz). Foram efetuadas coletas de sangue em diferentes momentos para análise de progesterona (P4) plasmática na estação de anestro estacional. Não houve diferença (P>0,05) entre os três tratamentos nos seguintes parâmetros reprodutivos observados na estação de anestro e de acasalamento natural, respectivamente (valor médio dos três tratamentos): taxa média de indução/sincronização de estro (94,9; 76,2%), intervalo médio da retirada do dispositivo ao estro (33,1 ± 11,4; 37,4 ± 16,2 h), duração média do estro (28,6 ± 11,8; 31,7 ± 12,8 h), taxa média de concepção (61,5; 50,7%), taxa média de fêmeas ovulando (95,2; 66,7%), número médio de ovulações (1,7 ± 0,7;1,5 ± 0,6), intervalo médio da retirada do dispositivo à ovulação (68,4 ± 13,0; 77,3 ± 13,8 h), intervalo médio do início do estro à ovulação (36,6 ± 12,6; 36,7 ± 11,2 h), diâmetro médio do maior folículo (7,4 ± 0,6; 6,7 ± 0,5 mm), segundo maior (6,8 ± 0,6; 6,2 ± 0,1 mm) e médio (7,2 ± 0,6; 6,6 ± 0,4 mm). As baixas concentrações iniciais de P4 em todos os tratamentos sete dias antes da inserção dos dispositivos (0,12 ± 0,21) ou no momento da inserção (0,23 ± 0,20) podem ser interpretadas como reflexo da estacionalidade reprodutiva. Às 6 h após a inserção do dispositivo o tratamento CN apresentou maiores (P<0,05) concentrações de P4 (7,16 ± 3,64) do que C6 (4,66 ± 2,13) ou C12 (4,34 ± 1,85) e estes valores mantiveram-se superiores até quatro dias após a inserção. A partir da retirada dos dispositivos, as concentrações plasmáticas de P4 caíram bruscamente para níveis subluteais. Maiores concentrações (P<0,05) de P4 plasmáticas foram identificadas em cabras nulíparas do que em lactantes em diferentes momentos. O processo de autoclavagem não afetou a eficiência da reutilização de dispositivos intravaginais de progesterona em parâmetros reprodutivos como taxa de concepção, indução e sincronização de estro e ovulação em cabras da raça Toggenburg. Os níveis supraluteais mantidos em todos os tratamentos durante o período de permanência do dispositivo permitem inferir que o processo de autoclavagem não interfere na disponibilidade de progesterona nos dispositivos, constituindo-se em uma alternativa viável para reduzir os custos dentro de um rebanho caprino. |